quarta-feira, 17 de julho de 2013

Jandira

foto: Geraldo Gabriel Bossini


Vencidos os transtornos da mudança, procura isso e aquilo, arruma aqui e ali e pouco a pouco as coisas foram se posicionando em seus lugares. Casa nova, cidade nova, outro recomeço. Minha vida parece obedecer ao ritmo de um eletrocardiograma. Entre altos e baixos, etapas que findam e outras que eclodem, sigo semelhante a uma Fênix. Enfim, lá estava eu me alojando na casa localizada na Rua Barão Almeida Cravo, num bairro afastado, mas muito bonito, onde fui recepcionado com flamboyants floridos e o canto de muitos pássaros. Claro, também fui ameaçado pelo latido de vários cães defendendo suas moradias.
 
A ideia era assumir aulas de Matemática em uma escola próxima. Uma escola pequena, bem organizada, limpa e povoada de pessoas simpáticas, excetuando-se os funcionários da secretaria que me fulminaram com o olhar e não esboçaram qualquer sorriso. Um intruso! Mas interpretei a postura deles como enfrentei aqueles indivíduos que ladraram para mim nas ruas. O fato é que ali estava pousando e pretendia permanecer por longos anos. Estava animado.

Chegando a casa, após caminhar pelo bairro, decidi comemorar abrindo um vinho. O primeiro copo depositei ao lado da imagem do preto velho na cozinha. Devia muito a ele. Liguei a televisão, estirado no sofá quando observei um objeto voador cruzar a sala. Caminhou pela cortina, outro voo e vasculhou o quadro antigo pintado por minha avó, Cenira. Era uma barata. Estampou-me o terror. Não sei quais sentimentos fluem em mim quando as vejo. Paralisado olhando aquele ser monstruoso, busquei estrategicamente o meu chinelo. De forma provocativa ela voou uma vez mais para encontrar minhas costas. Gritei, correndo pela sala como que deparado com um fantasma. Tirei a camisa, olhei em minha volta, andei sorrateiro pelo corredor e espiei na sala. Ela devia estar me olhando aos risos.

Sentei-me novamente no sofá com ar de espreita, como um cão farejador atento à sua presa. Ocorre que naquele momento a presa era eu! Tentei acalmar-me e prosseguir com a taça de vinho e a novela que era transmitida. Trêmulo e inseguro.

Aos poucos me acostumei com ela. Voava aqui e ali. Digamos que ficamos amigos. Desisti de extingui-la desse adorável planeta. Afinal, ela já residia ali. Eu era seu inquilino. Chamei-a de Jandira. Jandira era o nome da secretária da escola. Éramos amigos... mas, nem tanto!

Retornando à casa procurava atualizar Jandira sobre o que havia feito naquele dia, reclamava de alguns alunos, criticava alguns pais ou a postura de alguns professores, falava de política e economia. Jandira ouvia e quando se cansava abria as asas e desaparecia.

A casa tinha muitos esconderijos para ela. Tinha um forro de madeira com algumas entradas estratégicas e porão. Um parque de diversões. Jandira parecia solitária como eu. De certa forma, agradecia a ela por isso e a incentivava a não acreditar nos homens. Todos malandros. Nenhum prestava! Na realidade temia um casamento próspero e uma penca de filhos volitando pelos cômodos de casa.

Meu sossego e minha vida tranquila com Jandira agitaram-se quando recebi o telefonema de minha irmã, Celina, que desejava passar um final de semana e conhecer a casa. Desesperei-me. Viria ela e o pequeno Arthur. Duas pessoas que amo, mas que certamente eliminariam Jandira. Jamais compreenderiam essa amizade e as relações interpessoais que surgiram e se alicerçaram ao longo de meses de convívio.

Ensaiei inúmeras vezes confidenciar-lhe meu respeito e carinho por Jandira, mas temi não ser compreendido. O fato é que Celina e Arthur chegaram. Desceram do taxi e se alojaram. Ficariam uma semana. Com certa impaciência procurei estar atento a qualquer manifestação de minha amiga para interceder por sua vida.

Jandira resolveu aparecer à noite. Estávamos na sala tomando sorvete quando ela efetuou seu voo rumo à cortina. Arthur gritou com uma inocência apaixonante “olha, um helicóptero!”. Celina levantou-se senhora de si e pronta para o baraticínio. Em pânico, coloquei-me a frente e pedi que sentasse. Foram momentos tensos, pois Celina estava fora de si e convicta de que sua missão na terra era exterminar aquele inseto. Em quase meio a um MMA, Celina concedeu a oportunidade de ouvir-me. Silenciou-se inconformada e apreensiva. Desconfiava de minha lucidez e sanidade. Percebi que havia cedido temporariamente, mas tramava uma tocaia à Jandira. Perdi a vontade de trabalhar. Minha ausência poderia ser fatal. Roguei que se comprometesse não fazer mal a ela.

Todo dia saía inseguro e ao retornar aguardava impaciente o voo de Jandira. Recebi críticas ferrenhas, admoestações diversas e ameaças constantes. Arthur logo se apaixonou por Jandira e ela realizava voos especiais para ele.

- Nojenta!, exclamava Celina ao compartilhar na sala a nobre companhia de Jandira.

Mantinha o chinelo próximo.

- Se ela voar em mim ou no Arthur eu espatifo ela!, vaticinava furiosa.

Em uma noite calorosa, Celina decidiu dormir com a janela aberta, embora ciente de que seria a porta para Jandira penetrar no quarto. Por essa razão, deixou o chinelo ao alcance. O fim estava próximo e seria naquela noite.

A madrugada já ia alta quando Celina sentiu algo percorrer seu rosto. Levantou-se num impulso. Era a maldita! Ameaçadora, correu acender a luz do quarto e então viu que Arthur estava tendo uma convulsão. Hospital. Urgência. Cuidados. Arthur reagia. De volta para casa. Alivio!

- Se não fosse Jandira acordá-la, talvez fosse tarde... , comentei alegre.

De alguma forma, após o episódio, Jandira passou a ser da família, com direito a sobrenome. Jandira Boina Vato. Mais até que isso, tornou-se uma celebridade. Agora todos querem conhecê-la!  Mas estou desconfiado de que ela arranjou um namorado...outro dia apareceu voando toda de branco pela sala. Noiva?


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CONTOS EMANADOS DE SITUAÇÕES COTIDIANAS

“Os contos e poemas contidos neste blog são obras de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações terá sido mera coincidência”

SABORES DO COMENDADOR

Ator Nacional: Carlos Vereza

Ator Internacional: Michael Carlisle Hall/ Jensen Ackles/ Eric Balfour

Atriz Nacional: Rosamaria Murtinho / Laura Cardoso/Zezé Mota

Atriz Internacional: Anjelica Huston

Cantor Nacional: Martinho da Vila/ Zeca Pagodinho

Cantora Nacional: Leci Brandão/ Maria Bethania/ Beth Carvalho/ Alcione/Dona Ivone Lara/Clementina de Jesus

Música: Samba de Roda

Livro: O Egípcio - Mika Waltaire

Autor: Carlos Castañeda

Filme: Besouro/Cafundó/ A Montanha dos Gorilas

Cor: Vinho e Ocre

Animal: Todos, mas especialmente gatos, jabotis e corujas.

Planta: aloé

Comida preferida: sashimi

Bebida: suco de graviola/cerveja

Mania: (várias) não passo embaixo de escada

O que aprecio nas pessoas: pontualidade, responsabilidade e organização

O que não gosto nas pessoas: pessoas indiscretas e que não cumprem seus compromissos.

Alimento que não gosta: coco, canjica, arroz doce, melão, melancia, jaca, caqui.

UM POUCO DO COMENDADOR.


Formado em Matemática e Pedagogica. Especialista em Supervisão Escolar. Especialista em Psicologia Multifocal. Mestre em Educação. Doutor Honoris Causa pela ABD e Instituto VAEBRASIL.

Comenda Rio de Janeiro pela Febacla. Comenda Rubem Braga pela Academia Marataizense de Letras (ES). Comenda Castro Alves (BA). Comendador pela ESCBRAS. Comenda Nelson Mandela pelo CONINTER e OFHM.

Cadeira 023, da Área de Letras, Membro Titular do Colegiado Acadêmico do Clube dos Escritores de Piracicaba, patronesse Juliana Dedini Ometto. Membro efetivo da Academia Virtual Brasileira de Letras. Membro da Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias. Membro da Literarte - Associação Internacional de Escritores e Acadêmicos. Membro da União Brasileira de Escritores. Membro da Academia de Letras e Artes de Fortaleza (ALAF). Membro da Academia de Letras de Goiás Velho (ALG). Membro da Academia de Letras de Teófilo Ottoni (Minas Gerais). Membro da Academia de Letras de Cabo Frio (ARTPOP). Membro da Academia de Letras do Brasil - Seccional Suíça. Membro da Academia dos Cavaleiros de Cristóvão Colombo. Embaixador pela Académie Française des Arts Lettres et Culture. Membro da Academia de Letras e Artes Buziana. Cadeira de Grande Honra n. 15 - Patrono Pedro I pela Febacla. Membro da Academia de Ciências, Letras e Artes de Iguaba Grande (RJ). Cadeira n.º 2- ALB Araraquara.

Moção de Aplausos pela Câmara Municipal de Taquaritinga pelos serviços em prol da Educação. Moção de Aplausos pela Câmara Municipal de Bebedouro por serviços prestados à Educação Profissional no município. Homenagem pela APEOESP, pelos serviços prestados à Educação. Título de Cidadão Bebedourense. Personalidade 2010 (Top of Mind - O Jornal- Bebedouro). Personalidade Mais Influente e Educador 2011(Top of Mind - O Jornal- Bebedouro). Personalidade 2012 (ARTPOP). Medalha Lítero-Cultural Euclides da Cunha (ALB-Suíça). Embaixador da Paz pelo Instituto VAEBRASIL.

Atuou como Colunista do Diário de Taquaritinga e Jornal "Quatro Páginas" - Bebedouro/SP.
É Colunista do Portal Educação (http://www.portaleducacao.com.br

Premiações Literárias: 1º Classificado na IV Seletiva de Poesias, Contos e Crônicas de Barra Bonita – SP, agosto/2005, Clube Amigo das Letras – poema “A benção”, Menção Honrosa no XVI Concurso Nacional de Poesia “Acadêmico Mário Marinho” – Academia de Letras de Paranapuã, novembro/2005 – poema “Perfeita”, 2º colocado no Prêmio FEUC (Fundação Educacional Unificada Campograndense) de Literatura – dezembro/2005 – conto “A benção”, Menção Especial no Projeto Versos no Varal – Rio de Janeiro – abril/2006 – poema “Invernal”, 1º lugar no V Concurso de Poesias de Igaraçu do Tietê – maio/2006 – poema “Perfeita”, 3º Menção Honrosa no VIII Concurso Nacional de Poesias do Clube de Escritores de Piracicaba – setembro/2006 – poema “Perfeita”, 4º lugar no Concurso Literário de Bebedouro – dezembro/2006 –poema “Tropeiros”, Menção Honrosa no I concurso de Poesias sobre Cooperativismo – Bebedouro – outubro/2007, 1º lugar no VI Concurso de Poesias de Guaratinguetá – julho/2010 – poema “Promessa”, Prêmio Especial no XII Concurso Nacional de Poesias do Clube de Escritores de Piracicaba, outubro/2010, poema “Veludo”, Menção Honrosa no 2º Concurso Literário Internacional Planície Costeira – dezembro/2010, poema “Flor de Cera”, 1º lugar no IV Concurso de Poesias da Costa da Mata Atlântica – dezembro/2010 – poema “Flor de Cera”. Outorga do Colar de Mérito Literário Haldumont Nobre Ferraz, pelo trabalho Cultural e Literário. Prêmio Literário Cláudio de Souza - Literarte 2012 - Melhor Contista.Prêmio Luso-Brasileiro de Poesia 2012 (Literarte/Editora Mágico de Oz), Melhor Contista 2013 (Prêmio Luso Brasileiro de Contos - Literarte\Editora Mágico de Oz)

Antologias: Agreste Utopia – 2004; Vozes Escritas –Clube Amigos das Letras – 2005; Além das Letras – Clube Amigos das Letras – 2006; A Terra é Azul ! -Antologia Literária Internacional – Roberto de Castro Del`Secchi – 2008; Poetas de Todo Brasil – Volume I – Clube dos Escritores de Piracicaba – 2008; XIII Coletânea Komedi – 2009; Antologia Literária Cidade – Volume II – Abílio Pacheco&Deurilene Sousa -2009; XXI Antologia de Poetas e Escritores do Brasil – Reis de Souza- 2009; Guia de Autores Contemporâneos – Galeria Brasil – Celeiro de Escritores – 2009; Guia de Autores Contemporâneos – Galeria Brasil – Celeiro de Escritores – 2010; Prêmio Valdeck Almeida de Jesus – V Edição 2009, Giz Editorial; Antologia Poesia Contemporânea - 14 Poetas - Celeiro de Escritores, 2010; Contos de Outono - Edição 2011, Autores Contemporâneos, Câmara Brasileira de Jovens Escritores; Entrelinhas Literárias, Scortecci Editora, 2011; Antologia Literária Internacional - Del Secchi - Volume XXI; Cinco Passos Para Tornar-se um Escritor, Org. Izabelle Valladares, ARTPOP, 2011; Nordeste em Verso e Prosa, Org. Edson Marques Brandão, Palmeira dos Indios/Alagoas, 2011; Projeto Delicatta VI - Contos e Crônicas, Editora Delicatta, 2011; Portas para o Além - Coletânea de Contos de Terror -Literarte - 2012; Palavras, Versos, Textos e Contextos: elos de uma corrente que nos une! - Literarte - 2012; Galeria Brasil 2012 - Guia de Autores Contemporâneos, Celeiro de Escritores, Ed. Sucesso; Antologia de Contos e Crônicas - Fronteiras : realidade ou ficção ?, Celeiro de Escritores/Editora Sucesso, 2012; Nossa História, Nossos Autores, Scortecci Editora, 2012. Contos de Hoje, Literacidade, 2012. Antologia Brasileira Diamantes III, Berthier, 2012; Antologia Cidade 10, Literacidade, 2013. I Antologia da ALAB. Raízes: Laços entre Brasil e Angola. Antologia Asas da Liberdade. II Antologia da ACLAV, 2013, Literarte. Amor em Prosa e Versos, Celeiro de Escritores, 2013. Antologia Vingança, Literarte, 2013. Antologia Prêmio Luso Brasileiro - Melhores Contistas 2013. O tempo não apaga, Antologia de Poesia e Prosa - Escritores Contemporâneos - Celeiro de Escritores. Palavras Desavisadas de Tudo - Antologia Scortecci de Poesias, Contos e Crônicas 2013. O Conto Brasileiro Hoje - Volume XXIII, RG Editores. Antologia II - Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro. antologia Escritores Brasileiros, ZMF Editora. O Conto Brasileiro Hoje - Volume XXVI - RG Editores (2014). III Antologia Poética Fazendo Arte em Búzios, Editora Somar (2014). International Antology Crossing of Languages - We are Brazilians/ antologia Internacional Cruce de Idiomas - Nosotros Somos Brasileños - Or. Jô Mendonça Alcoforado - Intercâmbio Cultural (2014). 5ª Antologia Poética da ALAF (2014). Coletânea Letras Atuais, Editora Alternativa (2014). Antologia IV da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, Editora Iluminatta (2014). A Poesia Contemporânea no Brasil, da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, Editora Iluminatta (2014). Enciclopédia de Artistas Contemporâneos Lusófonos - 8 séculos de Língua Portuguesa, Literarte (2014). Mr. Hyde - Homem Monstro - Org. Ademir Pascale , All Print Editora (2014)

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