Acredito que a eternidade ou a imortalidade, como se deseja entender, é uma conquista como a bondade, a justiça, entre outras virtudes.
O ato de iluminar-se ou “tornar-se visível” por tempos imemoriais talvez seja um dos grandes desafios da natureza humana.
Muitas teorias, crenças e conceitos emergiram a partir desse desafio.
O túmulo provavelmente seja o infalível termômetro para revelar essa conquista e a inevitável vitória sobre a morte enquanto idéia de término ou extinção.
No círculo vicioso e rotineiro de nossas vidas pautado pelo comer, dormir e procriar, na sucessão inóspita dos dias, mal visualizamos as tarefas que, metaforizando Hércules, nos são impostas.
Vivemos. Os dias passam. As marcas do tempo se assinalam apesar de todos os recursos que as tecnologias oferecem.
Muitos nascem, atendem aos seus ciclos, respeitando o “que Deus quer”.
Outros quebram regras, impõe modelos, mudam caminhos.
Talvez Ramsés II, no grande desfile dos faraós do Egito, não imaginasse que romperia o silêncio das tumbas e de certa forma ainda reinasse. E Cleópatra, apesar de sétima, imortalizou-se em detrimento das outras que o tempo consumiu.
Elvis está vivo ?
Não basta ter sido imperador ou príncipe, faz-se necessário algo mais.
Imortalidade é mais do que estar registrado nas páginas da história.
A imortalidade rompe fronteiras.
Emanam uma legião de pessoas que o admiram (ou admiravam).
Rompem a mordaça imposta por acusações, tropeços, desencantos...
A morte trás o triunfo. O triunfo sobre a sepultura.
Onde está seu corpo ?
Onde foi enterrado ?
Em menos de três dias levanta do túmulo e continua vivo !
Seu nome arrasta-se por vilarejos e grandes cidades numa intensidade maior que qualquer líder religioso.
Une pessoas de qualquer idioma, crença, vence conceitos e preconceitos.
Vencer a morte.
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