domingo, 26 de fevereiro de 2012

A ENCRUZILHADA E OUTRAS ESTÓRIAS




Estou velha, mas posso me lembrar como se fosse ontem do que aconteceu ainda em minha infância. A casa é a mesma. Nasci no quarto onde hoje durmo e provavelmente onde vou morrer. Minha mãe teve onze filhos. Somente eu permaneci na casa. Meu marido faleceu já faz uns cinco anos e meus filhos ocuparam suas posições onde a vida quis. Comigo apenas Odete que preferiu não se casar, após uma grande desilusão. Haviam sido nove anos entre namoro e noivado para um dia Manoel chegar e dizer que estava se casando com outra. Odete refugiou-se na igreja. Ajuda a decorá-la, limpa e cuida, inclusive dos jardins ao seu redor.

Há muitas estórias que presenciei e outras que ouvi e que falavam de coisas fantásticas que aconteciam aqui pela redondeza. Uma das primeiras coisas que aprendi na vida, com minha mãe e minha avó, é que o dia é nosso e a noite é das almas. Por essa razão nunca saí à noite. Ao escurecer já me retiro para meu descanso, despertando ao raiar do dia para recomeçar minhas tarefas. Meus filhos brincavam que ia dormir com as galinhas, mas ensinei-os a fazer a mesma coisa. É preciso respeitar as coisas do além e não se brinca com os mortos.

Na casa da esquina desde quando morreu Catarina ela aparece lá. Morreu perturbada após sofrer com a perda dos pais, em menos de um mês faleceram os dois, deixando-a sozinha. Não dizia coisa com coisa e um dia a acharam pendurada na cozinha. Enterraram o corpo, mas ela ficou por lá. Os vizinhos dizem ainda ouvir os gritos dela. A casa está fechada até hoje e ninguém se atreve entrar lá. Quem entrou saiu que nem um tiro. Ela pergunta dos pais dela, do cachorrinho Lilás e que horas é a missa. Acredito muito que isso existe, pois todo quarteirão tem sempre uma estória pra contar.

A encruzilhada que é conservada no meio da praça é cheia de mistérios. As pessoas iam lá enterrar garrafas de pinga. Para cada pedido uma garrafa de pinga. Há quem enterrasse bens mais valiosos, por isso falam que há tesouros enterrados. A meia noite a pessoa chegava até a encruzilhada e logo um homem se aproximava. Vinha de terno preto, chapéu e fumando seu cigarro de palha. O que você queria ele fazia, tanto o bem como o mal, desde que pagasse enterrando uma garrafa de pinga. Deve ter um monte delas lá. Mas para acabar com o costume a cobriram de pedras, embora conservando-a. Agora você passa por lá durante o dia e vê as velas queimadas e as garrafas de pinga oferecidas durante a noite. O padre Jaime até propôs construir uma capelinha no lugar  para desfazer esse costume da população, mas por alguma razão não vingou. Ela continua atraindo as pessoas. E se permanece é por que dá certo.

Até hoje não se sabe quem aparece lá. Uns dizem que é o “Seu” Caetano, um homem muito rico que viveu por essas terras e que vivia envolvido em malandragem. Uma tocaia deu fim a ele naquela encruzilhada. Era caminho que ele devia fazer para chegar em casa. Mas falam que morreu rindo e dizendo que “estava morto quem ficava”, ele iria viver pra sempre.

Tinha o caso também da Dona Guiomar. Na praça onde fica a igreja era antes a casa da Dona Guiomar, ex-escrava, diziam ser feiticeira. Quando foram construir a igreja cismaram que tinha que ser justo sobre a casa dela. Pegava quase todo o quarteirão na verdade. As outras poucas pessoas que residiam no local  não se opuseram, mas Dona Guiomar resistiu. Era a casa dela, casa que ela amava. Foi levada para um asilo a contragosto e morreu logo em seguida de desgosto, de tristeza. A gente morre de tristeza também. Depois que morreu passou a aparecer à noite sentada no banco da praça. Muita gente conversou com ela como se falasse com uma pessoa viva. Ela lamentava terem derrubado sua casa e cortado suas árvores.

Tem também o caso do Quinzinho, um menino atentado, que vivia fazendo travessuras em toda a cidade. Um touro bravo o matou, enquanto fazia estrepolias no pasto. Agora faz milagres e no cemitério tem sempre muitas flores no túmulo dele. Há quem diga que ele também faz o mal, é só pedir e levar uns doces pra ele. Gostava muito de cocada. Cheguei a fazer pra ele enquanto estava vivo. Corria por essas ruas, ainda eram de terra e poucas casas formavam a pequena cidade.

Falavam do sacristão, “seu” Osmar contando que ele virava lobisomem e da Dona Jacira que virou pombagira. “Seu” Osmar mataram. Tem gente fanática; invadiram a casa dele e o degolaram. Depois queimaram a casa.

Antigamente tinha muito dessas coisas. Agora não se respeita mais o desconhecido, talvez por isso as pessoas sofram tanto. Andam durante a noite como se fosse o dia e não respeitam as horas fortes como o meio dia, às seis da tarde e meia-noite. São horas perigosas. Horas em que se abrem portas do além e os espíritos vagam entre nós.

Conta-se que o “Seu” Beltrão tinha o livro de São Cipriano e com ele fazia coisas extraordinárias. Tinham muito medo dele, quando morreu procuraram o livro pela casa toda e não encontraram. Como que por encanto o livro sumiu. Mas a casa também está vazia. Ouve-se gargalhadas no alto da noite. Cachorros uivam quando passam por lá.

Também me lembro de Dona Cici que recebia um preto velho muito firme e recebia de verdade. A gente chegava para ser atendida e ele já sabia de tudo. Às vezes tinha cinco pessoas esperando e ele mandava chamar primeiro a que tinha problema mais difícil. Curava da noite pro dia e o que falava estava escrito, podia esperar que acontecia. Agora muita gente finge que recebe a entidade apenas para ganhar dinheiro. Dona Cici não cobrava a gente é que insistia que ela recebesse uma galinha, umas frutas ou legumes. O preto velho também não queria nada. Tinha seu cachimbo e coité de pinga. Era o que precisava.

Também tenho vidência, algumas vezes percebendo vultos pela casa ou entidades passando próximas. Um dia vi Quinzinho passando pela janela em direção ao meu quintal. Sorri. Logo o cachorro começou a latir e ganiu como se tivessem batido nele. Era o garoto mesmo.

Eu, por minha vez, acredito que vou permanecer nessa casa. Não penso em sair daqui. Foi uma vida toda nesse lugar. Talvez se torne mais uma casa fechada, assombrada pela minha alma, assustando quem a visite, em especial em horários que não se deve, como as noites de lua cheia. 

A MALDIÇÃO




A recém mudança de emprego fez com que Augusto e Mariana chegassem a Crixás, em Goiás, onde a tia de Augusto, Dona Faustina, deixara uma casa que estava fechada e sem uso já há muitos anos. A cidade logo encantou Mariana, repleta de sonhos e expectativas, considerando a reviravolta que essas mudanças significavam. Acostumados à vida agitada da capital paulista, agora residiriam em uma cidade tranqüila, de aura muito boa e revigorante. Talvez pelo solo imantado de minérios a energia que fluía da cidade era maravilhosa. O contato com a natureza e muitos lugares agradáveis apontavam que ali era o lugar certo, em especial por Mariana estar grávida e desejava criar o filho em um ambiente mais seguro, onde pudesse brincar livremente, correr  e divertir-se sem as preocupações que pressionavam os moradores de São Paulo.

A casa exigia muitos cuidados. Estava fechada há muito tempo e o último inquilino não soubera preservar a casa. A casa era imponente, arejada e espaçosa, tanto em seus cômodos quanto a ao seu redor, com áreas extensas em que o mato avançara destemidamente. Muitos ninhos se sucediam abaixo das telhas e alguns vidros das janelas estavam quebrados em razão do abandono. Alojaram-se em um hotel até que pudessem reorganizar sua nova residência. Augusto capinava e Mariana pintava as paredes, apesar dos enjôos freqüentes. Os guarda-roupas embutidos expeliam um odor de mofo e umidade.

No fundo da casa, próximo ao tanque de lavar roupas , um cachorrinho muito dócil havia feito sua morada e logo foi adotado por Mariana, apaixonada pelos animais, tanto que proibiu destruir os ninhos das muitas aves, em especial andorinhas que circundavam a casa. Escolheu com cuidado as plantas que comporiam os jardins em volta da casa. Optou por dracenas vermelhas, malvas, antúrios e pinhão roxo. A fachada foi pintada de verde, em tom de chá, vasos de rosas do deserto passaram a adornar a porta de entrada da casa. Era outra casa ! Rapidamente, Augusto e Mariana fizeram amizade com os vizinhos, excetuando Dona Etelvina, que morava em uma casa cercada de bambus já envelhecidos. A casa simples no fundo do terreno era antecedida por um gigantesco abacateiro e sobre a terra de chão batido emergiam uns poucos arbustos e percebia-se uma variedade considerável de entulhos, onde passeavam galinhas, patos e galinhas d´angola. Vivia de cara amarrada e ao que parecia morava apenas com o esposo, “Seu” Baltazar, um preto velho de testa franzida e olhar de censura permanente.

Augusto passava o dia todo fora no trabalho como geólogo e Mariana atravessava as horas do dia bordando ou tricotando, cuidando das plantas e conversando animadamente com seu cãozinho batizado de Amendoim.

Dentro dos guarda-roupas havia encontrado muitos terços e gravuras de santos, alguns irreconhecíveis. Alguns terços havia lavado e recuperado, outros estavam muito danificados e jogou fora. Havia uma certa curiosidade sobre quem havia morado ali. Apesar da boa energia da cidade, a casa parecia emanar algo desarmonizante. De repente sentia uma onda de irritação, uma tensão sem causa específica. Muitas vezes se controlava para não iniciar discussões com Augusto. Por vezes ficava inquieta, andando de um lado a outro, seguida fielmente por Amendoim, o que a irritava ainda mais.

Certa noite despertou sendo observada por um homem recostado à porta. Chapéu panamá, terno e bengala. Gritou desesperada, fazendo Augusto despertar num salto. O pobre moço rondou a casa toda e constatou estar tudo fechado. Tranquilizou-a. Havia sido apenas um sonho.

A impressão de ouvir um homem caminhando com uma bengala pela casa era eventualmente ouvido por Mariana. Percebeu ser sempre no mesmo horário. Pontualmente 18h. A partir disso, procurava acender uma vela diante da foto de Bento do Portão a quem tinha profunda devoção. A devoção começara quando caminhando a esmo pelo cemitério deparou-se com a sepultura repleta de flores e placas de agradecimentos. Estava desesperada com o problema de doença de sua mãe, recentemente desenganada pelo médico. Entre lágrimas depositou ali sua confiança. A mãe, Dona Cleise, recuperou-se misteriosamente. O médico recomendou uma série de exames, buscou ajuda de outros amigos da profissão, e sua mãe estava saudável. Era impossível. Porém, foi possível para Bento e a partir daí a ele passou a recorrer em todas as necessidades.

Agora existia algo circundando aquela casa. Somente ele poderia interferir. Augusto não acreditava em nada que não fosse visível, palpável e comprovável. Já Mariana aprendera a atentar-se ao intangível.

A vizinha da direita com a qual tivera bem mais reciprocidade dizia que a última família a morar na casa era um casal e a filha deles. Em razão de um acidente, o Sr. Osmar passara a viver em uma cadeira de rodas. O acidente trouxera vários problemas financeiros.

- Algumas vezes não passaram fome porque eu levava uma sopa no final da tarde, um pão feito em casa que fazia a mais, do contrário não tinham o que comer – comentou Dona Lina, relembrando-se dos dias amargos da família. A mocinha, coitada, sonhava com um príncipe, vivia atormentada, queria alguém para sua vida. Era bonita, até o dia em que uma doença invadiu o corpo dela. Era o que chamam fogo selvagem. Com tanto sofrimento a mãe da menina foi emagrecendo a olhos vistos e morreu ali, bem perto da paineira. Acharam ela lá, sem forças e sem vida.

Mariana estava estarrecida, penalizada com o sofrimento daquela família. Entendeu por que haviam sido despejados. Falta de pagamento do aluguel da casa. Tia Faustina não era pessoa de perdoar ou compreender. A casa estava alugada e ela queria o dinheiro do aluguel. Colocou-os na rua.

A futura mãe ficou pensando nas novas atribulações que passaram vagando pelas ruas da cidade. Dona Lina não sabia do paradeiro deles ou o que havia acontecido após o despejo.

- No dia que a polícia veio botá-los para fora, tranquei-me dentro de casa, não queria ver aquilo. Sabia o quanto estavam sofrendo e precisavam de ajuda, mas a vida é isso, movida a dinheiro. A senhora me desculpe estar falando do coração de pedra de sua tia, mas foi desumano jogar aquela gente na rua... – complementou Dona Lina não conseguindo conter as lágrimas.

Apesar de conhecer a estória da família, não havia qualquer referência a um homem de terno e bengala. Continuou suas orações. Continuaram os passeios do homem às 18h pela casa.

Margarida nasceu saudável, contagiando a todos pela meiguice e alegria. Muito sorridente cativava a todos. Aos poucos ensaiou seus primeiros passos e começou vacilante a caminhar pela casa.

Aproximava-se a hora do jantar e Mariana estava debruçada na cerca, colhendo uns chuchus e conversando com Dona Cinira quando ouviu os gritos de Margarida. A cena foi traumatizante. Amendoim havia atacava a garotinha ensopada de sangue. Imediatamente a menina foi levada ao hospital.

Enraivecido e transtornado, Augusto disparou um tiro em Amendoim que caiu pesado no chão.

A menina havia sido muito ferida. Mariana rezava a Bento do Portão para que se recuperasse.

Entre as idas e vindas do hospital para preparar o almoço ao esposo deparou-se com Etelvina que olhava sua casa. Cumprimentou-a sem resposta. Irritada pelas ocorrências e a postura da mulher, questionou:

- Existe algum problema entre eu e a senhora? Disse-lhe “bom dia” e toda vez que a cumprimento a senhora me ignora, qual é o problema? – disse fitando firmemente a velha negra.

A mulher olhou-a com um leve sorriso, embora mantendo a cara de poucos amigos. Baforou de seu cachimbo, deixando um cheiro forte que parecia impregnar tudo.

- Sua filha não vai viver, assim como não vão ser felizes ninguém de sua família...- advertiu sem receios a velha senhora.

- Não entendo porque nos odeia. O que fizemos a senhora? O que minha filha inocente tem a ver com isso? O que eu ou Augusto devemos para a senhora? – perguntou indignada. Se algo acontecer a minha filha vou procurá-la, esteja certa disso.

Mariana deu as costas a mulher e adentrou a casa em prantos, tremendo todo o corpo a ponto de não conseguir segurar um copo para beber água.

Refletindo sobre as palavras da mulher relembrou os últimos dias de Faustina consumida pelo câncer, dizendo que todo seu sofrimento vinha “daquela casa”.  Até então não tinha feito qualquer relação com isso, mas agora entendia que se referia a casa onde morava.

Resolveu perguntar para Dona Lina se sabia de algum parentesco entre os antigos moradores da casa e Etelvina. Ficou atônita ao saber que a mulher que morrera ao lado da paineira era filha dela. Chamava-se Nanaime. A própria Etelvina a encontrara morta e prometera vingança. Tanto que diziam ser a casa amaldiçoada. Ninguém mais morara ali durante anos.

Mariana criou coragem e foi até a casa de Etelvina. Foi recebida pelo velho Baltazar que a expulsou friamente, mas manteve-se ao portão, dizendo que só sairia dali após falar com a esposa dele. Etelvina olhou-a de soslaio pela porta da cozinha, enquanto jogava restos de alimentos para as galinhas que se atropelavam para saborear o que caía ao solo.

- Sei que sua filha é quem morava em minha casa. Quero falar com a senhora e só saio daqui após isso... – insistiu Mariana.

- Vá cuidar de sua filha, a minha já morreu. Vá cuidar da sua antes que morra também ! – ordenou a senhora.

- Sairei daqui após conversarmos – decretou Mariana resoluta.

Mas apesar da insistência a mulher não saiu e já começava escurecer. Precisava ver sua filha. Retirou-se abalada.

A menina exigia muitos cuidados e estava na U.T.I.

As coisas se tornaram mais dramáticas ao receber a notícia de que uma explosão de dinamites atingira Augusto. Agora eram dois no hospital. As notícias não eram positivas. Augusto ficaria em uma cadeira de rodas.

Mariana já estava um trapo, muito magra e triste. Ajoelhou-se diante do portão de Etelvina. Gritou por perdão em nome de Faustina. Os vizinhos tentavam arredá-la dali inutilmente.

Através de “Seu” Osvair, Mariana foi até Dona Dalva, benzedeira e vidente, bastante conhecida na região.

- A casa é guardada por uma entidade. Quem entrar ali será presa dela. Apenas desgraças podem ser esperadas. O melhor seria você ir embora dali, mas já que não pode, vamos tentar afastar de lá essa figura do mal.

Dona Dalva suava em bicas, as mãos trêmulas e lisas, mal conseguiam seguir as linhas da mão de Mariana.

A quiromante fez várias orações segurando firmemente as mãos interpostas de Mariana e prometeu que o problema seria resolvido. Fez um descarrego de pólvora e apenas pediu vinte e uma velas brancas e que defumasse a casa com folhas de eucalipto, casca de alho, bagaço de cana e folhas de bambu e pinhão roxo.

Margarida saiu do hospital e o diagnóstico de outro médico apontou uma possível recuperação de Augusto, lenta e gradual.

Passados alguns anos, Augusto retomou a agilidade e encontra-se plenamente disposto ao trabalho.

Enquanto conversa com Mariana e afaga a barriga com o novo bebê que se aproxima, mantém seu segredo.  Adotou um novo cachorrinho, agora chamado Algodão. Etelvina continua alimentando seu desprezo. 

Uma vela seria acesa a Bento do Portão, certamente ele guiara até Dalva e apontara os melhores caminhos para a felicidade da família.  

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O CORAÇÃO, A FLECHA E A FLOR


http://fotosbossini.blogspot.com 

a flor e o coração
o coração e a flecha
a flecha e a flor
o coração com odor de flores
recebe a flecha destemida
a flecha despetala a flor
e dissipa seu perfume
o coração pulsa
a flecha trespassa
a flor murcha
o tempo passa
passa a flecha no coração
indelével e nua
a flor em ritmo lento
faz a retrospectiva do desabrochar
e se fecha
o coração magoado chora
as lágrimas umedecem a flor
que reage e se reanima
reabre
para outra flecha. 

sábado, 18 de fevereiro de 2012

BREVE LANÇAMENTO: PAI´É - CONTOS DE MUITO ANTIGAMENTE


Em breve os leitores poderão saborear meu mais novo livro de contos - PAI´É.
Trata-se de estórias contadas por nossos avós ou pelos pajés ao redor da fogueira.
Focam-se no sobrenatural, no fantástico, aterrorizando seu sono tranquilo.
A capa e fotos são de Geraldo Bossini.


OLHO POR OLHO




A poderosa Jaloux Mascobe estava em franca expansão. Voltada para tecnologias em informática gradualmente conquistava mais espaços, mais caminhos e oportunidades. Uma das filiais da empresa que mostrava seu potencial estava localizada em pequena cidade do interior de Mato Grosso, tornando-se referência regional e esgotando a tentativa dos competidores em superá-la. As conquistas estavam também relacionadas ao seu gerente, Alziro Freitas. Dinâmico, despojado e destemido não media esforços para que a empresa se evidenciasse em qualidade e ampliasse seus domínios por todo Estado. A dedicação e comprometimento de Alziro chamou a atenção do presidente da empresa levando a um convite para que ele participasse da implantação de outra filial a ser instalada em Keelung, uma cidade portuária em Taiwan. As negociações haviam avançado e Alziro apresentava o perfil que poderia dar a nova empresa a dimensão que necessitava. Bastava a concordância do gerente.

O convite bambeou as pernas de Alziro. Por instantes emudeceu sem perspectivas. Seria uma mudança radical. Deixaria um ambiente que conhecia e dominava para aventurar-se aos desafios de um novo país, nova cultura, língua, contatos, casa. Um recomeço inesperado, após tantos que vivera. Ao longo de sua vida percebeu que era conduzido por ciclos muito bem definidos levando-o a reiniciar periodicamente, embora em continuidade ao construído até então. Não conseguia fixar-se. Uma amiga dizia que era filho de Oxóssi, mas Alziro era uma pessoa que não conseguia ceder ao transcedental. Era prático, analítico e fruto de um materialismo-dialético que o convertera na faculdade. Não que fosse ateu, essa questão não entrava em suas reflexões. Talvez houvesse realmente uma força superior que conduzisse tudo, mas logo era contagiado por novas descobertas científicas que colocavam em cheque o mito da criação e se encantava com o Big Bang, buracos negros e universos paralelos. Apesar do impacto inicial avaliou a beleza do desafio. Embora indeciso e ainda preso às rotinas e projetos da filial em Mato Grosso, Taiwan o chamava de inúmeras maneiras.

Outro problema gerado por seu repentino deslocamento para aquela ilha asiática seria a definição de um novo gerente. Considerando as decisões inesperadas não havia alguém efetivamente preparado. Reuniões com a presidência levantaram vários nomes, buscando-se apontar um profissional que revelasse a competência e dinamismo de Alziro e mantivesse a “Mascobinha”, como era chamada internamente, no patamar que conquistara. Contudo, paralelamente às avaliações da equipe diretora da empresa, no âmago da filial olhos começaram a crescer com a possibilidade da gerência. Uma das mais interessadas chamava-se Belinda. Belinda, em teutônico, significa “bela serpente”. Por influência ou não do nome assim se revelava. Havia começado como operária no chão de fábrica. Ardilosamente, puxando um e outro tapete, começou sua escalada. Aos poucos aproximou-se da diretoria da empresa. Sempre hábil em manipular pessoas e fazer-se de vítima conquistava pessoas apelando pela comiseração. Certa de assumir a gerência iniciou seus contatos na ânsia de reformular a equipe apressou-se em realizar acordos e prometer cargos, buscando assim fortalecer a aceitação das pessoas.

Belinda era uma pessoa assídua, mas com pouca produtividade, capaz de executar algumas ordens, embora sem iniciativa, compromisso e liderança (maquiada por grupos de fofoca, as chamadas “panelinhas”). Com baixa auto-estima, insegura e frustrada, em especial, em razão de variados insucessos amorosos, muitas vezes garantia o mínimo de carinho e atenção através de inserção de novos funcionários na empresa com o preço de algumas horas de prazer. O fato era conhecido e produzia sentimentos contraditórios nas pessoas que oscilavam entre pena e compaixão. Tinha pouco domínio do trabalho, garantindo-se com a distribuição de tarefas entre outros empregados de seu setor. Vivia também indecisa com relação aos próprios sentimentos. No mural em sua sala conferiam-se passeios e fotos em barzinhos com a devotada e apaixonada amiga Braiana.

A bomba eclodiu quando a presidência da Jaloux Mascobe anunciou o novo gerente. O escolhido havia sido Teçá. Teçá atuava na administração da empresa, mas não ansiava ocupar lugares de mais destaque. Para ele não havia horário de trabalho, doando-se para o sucesso da empresa. Era atencioso e íntegro, características estas que mobilizaram os diretores a convidá-lo. Para Belinda a indicação caíra como um raio. Como se justificaria perante as pessoas que já havia estabelecido tantos acordos ? Assumiu a postura de vitima, traída e enganada. Técnicas que costumeiramente usava para manter as pessoas sob seu domínio doentio.

Hábil em destilar venenos e semear discórdias tratou de começar a lançar uma e outra pitada de maldade que percorria em sua veias, trazendo certa compensação para sua alma infeliz e mal-amada.

Dentre as pessoas que utilizava como fantoches estava Zelenka. Zelenka acreditava fielmente em Belinda e tornara-se sua guardiã, defensora tenaz e mensageira. Apenas não percebia que se expunha enquanto sua amiga se mantinha oculta, segura e protegida, muitas vezes comentando o quanto Zelenka era descontrolada e merecedora de desatenção pública.

A primeira ação de Teçá foi separar Belinda e Zelenka, transferindo a funcionária para outro departamento. Sem as regalias que possuía e na impossibilidade de estar ao lado da indefesa Belinda, revoltou-se ao máximo, aproveitando-se de toda e qualquer oportunidade para denegrir a imagem de Teçá.

Zelenka não vacilou passando a encaminhar emails e cartas a diferentes setores da empresa, anonimamente, buscando atingir o alvo, com estórias inventadas entrecortadas de verdade para gerar dúvidas, incertezas e quem sabe fazer a presidência voltar atrás e reconhecer Belinda como a futura gerente. Dentre as promessas de Belinda estava em Zelenka ocupar seu lugar na empresa.

A insistência de Zelenka gerou algumas instabilidades, sendo Teçá chamado à portas fechadas, várias vezes para esclarecer fatos. Enquanto isso Belinda, Zelenka e seu esposo, e Euclides – um funcionário de confiança de Belinda, reuniam-se em barzinhos para celebrarem e confidenciarem os próximos passos que constituiriam a derrota final de Teçá.

Aos poucos Teça desgastou-se. Estava decepcionado, magoado e surpreso, pois nos diálogos com a presidência foi possível identificar as fontes emissoras de tais ocorrências. Motivado pela equipe diretora persistiu.

O tempo rolou com uma ou outra injetada de veneno por parte de Belinda, sempre utilizando-se de subterfúgios, pois jamais “daria a cara para bater”, deveria preservar sua imagem de inocência diante da situação.

Certa tarde, Belinda procurou Teçá apavorada. Residia com a irmã e dois sobrinhos, um de dois e outro de cinco anos. Havia recebido uma ligação que fosse para o hospital pois o sobrinho mais novo havia sido internado com convulsões. Após alguns dias internado e não sendo identificada a causa o menino foi levado a óbito. Não haviam passado quinze dias quando o outro sobrinho foi atropelado e faleceu. Belinda começava entrar em desequilíbrio.

Sua irmã, Gorete, entrou em depressão, pensando diariamente em suicídio. O fato foi agravado com o marido ficar desempregado. Belinda receava que o telefone tocasse informando que a irmã tivesse posto termo a sua vida. Emagrecia a olhos vistos. Tonturas, vômitos e fortes dores de cabeça, antes interpretadas como ansiedade e tensão diante do que passara agora a levava ao médico.

A força destrutiva havia atingido também Zelenka. Um acidente automobilístico a conduziu para a UTI. A colisão danificara sua coluna. Estava paraplégica.

Teçá adentrou sua casa já tarde da noite. Deixou a maleta sobre o sofá e descalço desceu ao quintal onde podia-se ver um poço, uma grande jaqueira e uma cabana de sapé. Na cabana percebia-se um grande pote de barro, lanças de ferro e um boneco de barro imantado com sangue, penas e pelos de animais. Ali ajoelhou-se e reverenciou a entidade representada e cultuada. Arrancou da imagem de barro uma faca pontiaguda onde em sua ponta fulguravam as fotos de Belinda e Zelenka. Estavam dominadas. Sorriu relembrando sua visita a cada uma delas desejando saúde e paz. A paz viria brevemente, pois o silêncio das sepulturas iria aliviá-las, mas a saúde se extinguiria dia-a-dia.

CONTOS EMANADOS DE SITUAÇÕES COTIDIANAS

“Os contos e poemas contidos neste blog são obras de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações terá sido mera coincidência”

SABORES DO COMENDADOR

Ator Nacional: Carlos Vereza

Ator Internacional: Michael Carlisle Hall/ Jensen Ackles/ Eric Balfour

Atriz Nacional: Rosamaria Murtinho / Laura Cardoso/Zezé Mota

Atriz Internacional: Anjelica Huston

Cantor Nacional: Martinho da Vila/ Zeca Pagodinho

Cantora Nacional: Leci Brandão/ Maria Bethania/ Beth Carvalho/ Alcione/Dona Ivone Lara/Clementina de Jesus

Música: Samba de Roda

Livro: O Egípcio - Mika Waltaire

Autor: Carlos Castañeda

Filme: Besouro/Cafundó/ A Montanha dos Gorilas

Cor: Vinho e Ocre

Animal: Todos, mas especialmente gatos, jabotis e corujas.

Planta: aloé

Comida preferida: sashimi

Bebida: suco de graviola/cerveja

Mania: (várias) não passo embaixo de escada

O que aprecio nas pessoas: pontualidade, responsabilidade e organização

O que não gosto nas pessoas: pessoas indiscretas e que não cumprem seus compromissos.

Alimento que não gosta: coco, canjica, arroz doce, melão, melancia, jaca, caqui.

UM POUCO DO COMENDADOR.


Formado em Matemática e Pedagogica. Especialista em Supervisão Escolar. Especialista em Psicologia Multifocal. Mestre em Educação. Doutor Honoris Causa pela ABD e Instituto VAEBRASIL.

Comenda Rio de Janeiro pela Febacla. Comenda Rubem Braga pela Academia Marataizense de Letras (ES). Comenda Castro Alves (BA). Comendador pela ESCBRAS. Comenda Nelson Mandela pelo CONINTER e OFHM.

Cadeira 023, da Área de Letras, Membro Titular do Colegiado Acadêmico do Clube dos Escritores de Piracicaba, patronesse Juliana Dedini Ometto. Membro efetivo da Academia Virtual Brasileira de Letras. Membro da Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias. Membro da Literarte - Associação Internacional de Escritores e Acadêmicos. Membro da União Brasileira de Escritores. Membro da Academia de Letras e Artes de Fortaleza (ALAF). Membro da Academia de Letras de Goiás Velho (ALG). Membro da Academia de Letras de Teófilo Ottoni (Minas Gerais). Membro da Academia de Letras de Cabo Frio (ARTPOP). Membro da Academia de Letras do Brasil - Seccional Suíça. Membro da Academia dos Cavaleiros de Cristóvão Colombo. Embaixador pela Académie Française des Arts Lettres et Culture. Membro da Academia de Letras e Artes Buziana. Cadeira de Grande Honra n. 15 - Patrono Pedro I pela Febacla. Membro da Academia de Ciências, Letras e Artes de Iguaba Grande (RJ). Cadeira n.º 2- ALB Araraquara.

Moção de Aplausos pela Câmara Municipal de Taquaritinga pelos serviços em prol da Educação. Moção de Aplausos pela Câmara Municipal de Bebedouro por serviços prestados à Educação Profissional no município. Homenagem pela APEOESP, pelos serviços prestados à Educação. Título de Cidadão Bebedourense. Personalidade 2010 (Top of Mind - O Jornal- Bebedouro). Personalidade Mais Influente e Educador 2011(Top of Mind - O Jornal- Bebedouro). Personalidade 2012 (ARTPOP). Medalha Lítero-Cultural Euclides da Cunha (ALB-Suíça). Embaixador da Paz pelo Instituto VAEBRASIL.

Atuou como Colunista do Diário de Taquaritinga e Jornal "Quatro Páginas" - Bebedouro/SP.
É Colunista do Portal Educação (http://www.portaleducacao.com.br

Premiações Literárias: 1º Classificado na IV Seletiva de Poesias, Contos e Crônicas de Barra Bonita – SP, agosto/2005, Clube Amigo das Letras – poema “A benção”, Menção Honrosa no XVI Concurso Nacional de Poesia “Acadêmico Mário Marinho” – Academia de Letras de Paranapuã, novembro/2005 – poema “Perfeita”, 2º colocado no Prêmio FEUC (Fundação Educacional Unificada Campograndense) de Literatura – dezembro/2005 – conto “A benção”, Menção Especial no Projeto Versos no Varal – Rio de Janeiro – abril/2006 – poema “Invernal”, 1º lugar no V Concurso de Poesias de Igaraçu do Tietê – maio/2006 – poema “Perfeita”, 3º Menção Honrosa no VIII Concurso Nacional de Poesias do Clube de Escritores de Piracicaba – setembro/2006 – poema “Perfeita”, 4º lugar no Concurso Literário de Bebedouro – dezembro/2006 –poema “Tropeiros”, Menção Honrosa no I concurso de Poesias sobre Cooperativismo – Bebedouro – outubro/2007, 1º lugar no VI Concurso de Poesias de Guaratinguetá – julho/2010 – poema “Promessa”, Prêmio Especial no XII Concurso Nacional de Poesias do Clube de Escritores de Piracicaba, outubro/2010, poema “Veludo”, Menção Honrosa no 2º Concurso Literário Internacional Planície Costeira – dezembro/2010, poema “Flor de Cera”, 1º lugar no IV Concurso de Poesias da Costa da Mata Atlântica – dezembro/2010 – poema “Flor de Cera”. Outorga do Colar de Mérito Literário Haldumont Nobre Ferraz, pelo trabalho Cultural e Literário. Prêmio Literário Cláudio de Souza - Literarte 2012 - Melhor Contista.Prêmio Luso-Brasileiro de Poesia 2012 (Literarte/Editora Mágico de Oz), Melhor Contista 2013 (Prêmio Luso Brasileiro de Contos - Literarte\Editora Mágico de Oz)

Antologias: Agreste Utopia – 2004; Vozes Escritas –Clube Amigos das Letras – 2005; Além das Letras – Clube Amigos das Letras – 2006; A Terra é Azul ! -Antologia Literária Internacional – Roberto de Castro Del`Secchi – 2008; Poetas de Todo Brasil – Volume I – Clube dos Escritores de Piracicaba – 2008; XIII Coletânea Komedi – 2009; Antologia Literária Cidade – Volume II – Abílio Pacheco&Deurilene Sousa -2009; XXI Antologia de Poetas e Escritores do Brasil – Reis de Souza- 2009; Guia de Autores Contemporâneos – Galeria Brasil – Celeiro de Escritores – 2009; Guia de Autores Contemporâneos – Galeria Brasil – Celeiro de Escritores – 2010; Prêmio Valdeck Almeida de Jesus – V Edição 2009, Giz Editorial; Antologia Poesia Contemporânea - 14 Poetas - Celeiro de Escritores, 2010; Contos de Outono - Edição 2011, Autores Contemporâneos, Câmara Brasileira de Jovens Escritores; Entrelinhas Literárias, Scortecci Editora, 2011; Antologia Literária Internacional - Del Secchi - Volume XXI; Cinco Passos Para Tornar-se um Escritor, Org. Izabelle Valladares, ARTPOP, 2011; Nordeste em Verso e Prosa, Org. Edson Marques Brandão, Palmeira dos Indios/Alagoas, 2011; Projeto Delicatta VI - Contos e Crônicas, Editora Delicatta, 2011; Portas para o Além - Coletânea de Contos de Terror -Literarte - 2012; Palavras, Versos, Textos e Contextos: elos de uma corrente que nos une! - Literarte - 2012; Galeria Brasil 2012 - Guia de Autores Contemporâneos, Celeiro de Escritores, Ed. Sucesso; Antologia de Contos e Crônicas - Fronteiras : realidade ou ficção ?, Celeiro de Escritores/Editora Sucesso, 2012; Nossa História, Nossos Autores, Scortecci Editora, 2012. Contos de Hoje, Literacidade, 2012. Antologia Brasileira Diamantes III, Berthier, 2012; Antologia Cidade 10, Literacidade, 2013. I Antologia da ALAB. Raízes: Laços entre Brasil e Angola. Antologia Asas da Liberdade. II Antologia da ACLAV, 2013, Literarte. Amor em Prosa e Versos, Celeiro de Escritores, 2013. Antologia Vingança, Literarte, 2013. Antologia Prêmio Luso Brasileiro - Melhores Contistas 2013. O tempo não apaga, Antologia de Poesia e Prosa - Escritores Contemporâneos - Celeiro de Escritores. Palavras Desavisadas de Tudo - Antologia Scortecci de Poesias, Contos e Crônicas 2013. O Conto Brasileiro Hoje - Volume XXIII, RG Editores. Antologia II - Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro. antologia Escritores Brasileiros, ZMF Editora. O Conto Brasileiro Hoje - Volume XXVI - RG Editores (2014). III Antologia Poética Fazendo Arte em Búzios, Editora Somar (2014). International Antology Crossing of Languages - We are Brazilians/ antologia Internacional Cruce de Idiomas - Nosotros Somos Brasileños - Or. Jô Mendonça Alcoforado - Intercâmbio Cultural (2014). 5ª Antologia Poética da ALAF (2014). Coletânea Letras Atuais, Editora Alternativa (2014). Antologia IV da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, Editora Iluminatta (2014). A Poesia Contemporânea no Brasil, da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, Editora Iluminatta (2014). Enciclopédia de Artistas Contemporâneos Lusófonos - 8 séculos de Língua Portuguesa, Literarte (2014). Mr. Hyde - Homem Monstro - Org. Ademir Pascale , All Print Editora (2014)

Livros (Solos): “Análise Combinatória e Probabilidade”, Geraldo José Sant’Anna/Cláudio Delfini, Editora Érica, 1996, São Paulo, e “Encantamento”, Editora Costelas Felinas, 2010; "Anhelos de la Juvenitud", Geraldo José Sant´Anna/José Roberto Almeida, Editora Costelas Felinas, 2011; O Vôo da Cotovia, Celeiro de Escritores, 2011, Pai´é - Contos de Muito Antigamente, pela Celeiro de Escritores/Editora Sucesso, 2012, A Caminho do Umbigo, pela Ed. Costelas Felinas, 2013. Metodologia de Ensino e Monitoramento da Aprendizagem em Cursos Técnicos sob a Ótica Multifocal (Editora Scortecci). Tarrafa Pedagógica (Org.), Editora Celeiro de Escritores (2013). Jardim das Almas (romance). Floriza e a Bonequinha Dourada (Infantil) pela Literarte. Planejamento, Gestão e Legislação Escolar pela Editora Erica/Saraiva (2014).

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Metodologia e Avaliação da Aprendizagem

Pai´é - Contos de Muito Antigamente

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Contos de Geraldo J. Sant´Anna e fotos de Geraldo Gabriel Bossini

ENCANTAMENTO

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meus poemas

Análise Combinatória e Probabilidades

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juntamente com o amigo Cláudio Delfini

Anhelos de la Juvenitud

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Edições Costelas Felinas

A Caminho do Umbigo

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Edições Costelas felinas

Voo da Cotovia

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Celeiro de Escritores

Divine Acadèmie Française

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Prêmio Luso Brasileiro de Poesia 2012/2013

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Literarte/Mágico de Oz (Portugal)

Lançamento da Antologia Vozes Escritas

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Noite de autógrafos em Barra Bonita-SP

Antologia Literária Cidade - Volume II

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Poemas : Ciclone e Ébano

Antologia Eldorado

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Antologia II

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Antologia Cidade 10

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Org. Abílio Pacheco

Antologia da ALAB

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Antologia Poesia Contemporânea - 14 Poetas

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Lançamento do CELEIRO DE ESCRITORES

Contos de Hoje - Narrativas

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Literacidade

O Conto Brasileiro Hoje

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RG Editores

4ª Antologia da ALAF

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