domingo, 31 de julho de 2011

O HOMEM DE CACHECOL


O cachecol, alaranjado adornado com fios dourados, balouçava agitado pelo vento. A paisagem alva e fria, dava um ar de solidão e isolamento.Não havia movimento, a não a ser a neve que se derramava silenciosa. Ninguém pelas ruas escorregadias, apenas aquele homem, agasalhado com um pesado sobretudo, gorro e passos firmes apesar da inconsistência do solo. Entrou num rompante em uma casa de madeira armazenada entre pinheiros. Uma casa simples, aquecida por uma lareira e decorada com cabeças de animais caçados. Aproximou-se rapidamente do fogo buscando um pouco mais de calor diante daquele lugar inóspito. Sorria enquanto mantinha as palmas das mãos voltadas para as labaredas. Uma dezena de pensamentos percorriam suas memórias naquele momento. Do casaco retirou uma faca ricamente talhada e ainda marcada pelo sangue da vítima. Passou a língua pela lâmina como querendo saborear o que ainda pudesse haver de vida ali, nas rubras marcas que permaneceram untando o objeto.
Recostou-se a cadeira, já antiga, onde seu pai e seu avô, antes permaneceram sentados, dando-lhe os principais ensinamentos. De certa forma, era como se ali ainda estivessem. Sobre a lareira seus objetos pessoais emitiam as vibrações de suas vidas em uma estranha psicometria. A faca, que manuseava, analisando as inscrições e sorvendo o sangue, traduzia ecos de um passado distante, sem que os elos se quebrassem. Evidentemente a morte, conceituada como fim de um percurso, não existia. Talvez a imersão em um outro ambiente como se deixássemos de viver na terra para viver na água. Para outras pessoas isso poderia gerar dúvidas e se mostrar apenas como crença ou argumentações filosóficas, para ele era real e vivenciava o trânsito entre essas dimensões constante ou para não dizer permanentemente.
Esborrachado naquela cadeira um dia seu avô o chamara. Tinha quatro ou cinco anos. Disse-lhe que precisava aprender algumas coisas importantes. Levou-o para caçar e começou ensiná-lo a empalhar e embalsamar, assim como seu pai o fizera e assim como ensinara ao pai dele. Naquela região abandonada pelos deuses era preciso sobreviver, portanto tudo que pudesse se converter em alimento deveria ser aproveitado.

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Uma confusão no mapa e a falta de referências na paisagem fizeram com que Callum, Owen e Shannon se desviassem de seu destino. O veículo avançou pelo gelo sob os protestos da moça. Shannon, universitária, desinibida, alegre, cobiçada pelos colegas, era namorada de Callum. Owen era irmão mais novo de Callum. Aproveitando as férias escolares decidiram viver uma aventura pela região gelada da Noruega. Apesar de todos os alertas sobre as devidas precauções que deveriam ter, o espírito aventureiro e desafiador de todos se impôs.
O frio era intenso.
Owen propôs verificarem a existência de alguma habitação, uma vez que o carro atolado na neve não conseguiria prosseguir. Shannon começou a demonstrar desespero, receando morrerem congelados, no que era motivada pelo namorado, embora também compartilhasse dos mesmos temores. Caminhar por ali não era tarefa fácil, reservando muitos tombos, além de momentos em que uma cortina branca os impedia de visualizar o que se aproximava.
Apesar da dificuldade foi possível vislumbrar uma cidadezinha alva desenhada na neve. As ruas estavam desertas. Umas poucas casas, certamente abandonadas. Refugiaram-se em uma delas que mantinha a porta entreaberta. O abandono da casa era visível, embora incompreensível pelo fato dos habitantes terem deixado tudo na residência, móveis e utensílios encontravam-se à disposição de qualquer um que chegasse. Se não fosse a desordem poderia se acreditar que retornariam a qualquer momento. Aproveitaram para acender a lareira e aquecer-se.
A noite corria longa quando um ruído surdo estampou pela casa. Shannon e Callum saltaram da cama assustados. Baques e arrastar de móveis, pancadas e golpes na escuridão não davam a idéia certa do que estava acontecendo.
- Owen !? – clamou Callum preocupado, acendendo rapidamente a lanterna e se dirigindo em direção ao outro quarto.
O silêncio passou a imperar desesperador. Owen havia desaparecido nas trevas. Arriscar-se pela madrugada fria apenas faria mais vítimas. Com os ouvidos apurados, buscando captar os raros sons, os namorados encolheram-se próximos a lareira munidos de facas que encontraram na cozinha e assim permaneceram até o raiar do dia.
A claridade da manhã trouxe alívio e terror. Não havia indícios do que poderia ter acontecido a Owen. Pegadas afundadas no gelo mostravam a presença de mais alguém. Partiram em busca do rapaz, vasculhando as casas e estabelecimentos de comércio. O dia avançava sem pistas. Uma casa mais afastada e emitindo fumaça pela chaminé chamou a atenção. Rumaram para ela, localizada no sopé da montanha.
A caminhada foi estafante. À medida que seguiam a casa parecia ficar mais distante. A paisagem branca mostrava-se desgastante e desesperadora. Callum chegou com o costumeiro “tem alguém aí?”, seguido pela namorada “estamos perdidos, precisamos de ajuda”. Não houve resposta. Empurraram a porta que se abriu num ruído rouco, irritante. A lareira acesa. Um bafo morno os abraçou. Adentraram cautelosos. Um novo “tem alguém aí?!” ressoou mudo pelos cômodos.
Na grande mesa da cozinha havia pedaços de um corpo, com sangue abundante pelo chão. A cena os impactou terrivelmente. O ventre expondo os órgãos sexuais demonstrava tratar-se de um homem. O medo daquele corpo ser de Owen crescia a cada momento, porém não havia roupas ou a cabeça. A sensação de estarem sendo observados, o odor de sangue, o corpo mutilado, começou a gerar sentimentos pavorosos. Saíram às pressas da casa. Sem saber para onde ir retornaram à casa onde haviam passado a noite.
Dentro da casa, sobre a lareira, a cabeça de Owen mostrava-se como um ornamento. Gritos e choro convulsivo, “porque Owen !?” ecoava tristemente. Um golpe fez Callum se calar e Shannon foi arrastada até o pé da montanha. Um quarto no subsolo da casa a aguardava. O homem queria se reproduzir. Estava só e envelhecia. Precisava de um filho, um filho homem, que seguisse a tradição solitária da família qual havia sido com seu pai, seu avô, seu tataravô e tantos outros que se arrastavam em sua ancestralidade. A moça permaneceria com ele até que gerasse o filho e este se tornasse suficientemente independente. Ela seria tratada com chás especiais e teria o que precisasse para gerar e parir o rebento. Desmaiada foi depositada sobre a cama fofa e o travesseiro de penas de ganso. Uma grade a manteria segura.
Callum acordou atordoado. O homem levara Shannon. Armou-se como pôde e foi em direção a casa. Seu irmão estava morto, mas certamente a namorada sobreviveria ao monstro. Procurou as portas do fundo da casa, olhou pelas janelas e procurou ter certeza de que estava seguro. Mais uma vez reinava silêncio sepulcral no interior da casa. Entrou, sobre a mesa já não havia os pedaços de corpo. Os pedaços estavam salgados e dependurados ou dentro de baldes, certamente com sal e temperos, buscando conservar a carne por mais tempo. Lamentou pelo irmão. A cozinha estava limpa. Olhou os três quartos: um parecia um laboratório químico, onde o homem guardava os ingredientes para empalhar e embalsamar os corpos. No outro quarto Callum estacou vendo embalsamados dois homens sentados, como se conversassem sentados em suas cadeiras. O lugar, com muitos livros, demonstrava ser uma biblioteca centenária. No terceiro o quarto propriamente dito, composto de uma cama, um criado-mudo e um guarda-roupas.
Atreveu-se a chamar por Shannon. Várias vezes e nada. E novamente tudo escureceu. Outro golpe o calara. Despertou vendo a umidade do teto. Por entre as grades, viu que um homem sentado em uma grande cadeira o observava como que esperando que acordasse. Era um homem de aparência esguia, mas forte, cabelos negros reluzentes e olhar penetrante, de alguém muito observador, seu olhar parecia atingir afiado como lâmina e penetrar a alma.
Os xingamentos e agressividade de Callum pareceu não perturbá-lo. Apontou para uma tigela ao lado onde um guizado cheiroso exalava intensa fumaça. Callum lançou a tigela contra a parede. “Não vou me alimentar do meu irmão !” berrou enfurecido.
Da outra cela, Owen vociferou: “É você, Callum?”. “Owen !”, gritou o irmão em prantos. “Você está vivo?”, “Está bem ?”, “Está ferido ?“...”Estou inteiro, apenas zonzo”, disse o rapaz, em tom tranqüilizador.  Somente então, Callum pôde raciocinar e lembrar-se de que a cabeça sobre a lareira não era do irmão, o desespero o fez acreditar e enxergar algo que não era. Havia sido disposta com o rosto voltado para a parede. Não tinha visto o rosto. Apenas concluíra.
Os dias se sucederam impacientes. Callum relutou o quanto pôde, mas acabou cedendo e se alimentando mesmo sabendo que aquela carne era humana.

Algumas vezes, Callum acreditou que vistoriava as celas os homens que havia visto embalsamados. Talvez aquela carnificina tinha como objetivo manter vivos o pai e o avô do homem de cachecol. Por outras vezes, entendia ser tudo aquilo apenas fruto de sua imaginação apavorada.

๋๋๋๋๋๋
Sem perceber as nuances entre o dia e a noite, logo se perderam no tempo. Ansiavam descobrir uma saída, mas a cada momento percebiam que estavam definitivamente prisioneiros daquele lunático. Religiosamente o homem os visitava, sentava-se em sua cadeira e ficava observando os dois, como se assistisse a um reality show. Passava horas analisando as reações e demonstrava-se impassível aos gritos, murros e ofensas que cada um poderia externar. Dessa forma, ele passou a conhecer muito bem a cada um.
Certa manhã Callum despertou tendo ao seu lado uma faca. Junto dela um bilhete, escrito em letras góticas, “se deseja sair, mate seu irmão”. Segurando o bilhete sentou-se na cama e chorou. Passou muito tempo lendo e relendo as letras desenhadas.
Na penumbra, aparentemente drogado, Owen foi introduzido na cela de Callum. Callum acolheu-o e o fez deitar-se. Lágrimas escorriam pelo seu rosto, não poderia executar aquela ordem. Latejava em sua mente “se deseja sair, mate seu irmão...ou morrerá”. Um ou outro teria que sobreviver. Pensou em matar-se a si mesmo, mas faltava-lhe coragem. Assim como faltava coragem para matar seu próprio irmão.
O homem chegou. Sentou-se como que buscando apreciar as cenas dos próximos capítulos.
- Mate-me, determinou Callum agarrando-se às grades.
Acariciando seu cachecol, o homem não demonstrava qualquer reação. Apenas olhava. aproximaram-se dois homens. O pai e o avô dele que conversavam entre olhares.

๋๋๋๋๋๋
Callum acordou trêmulo e rígido, nu no meio da neve. A morte se aconchegava a ele, somente o hálito dela o aquecia. Arriscou-se caminhar por aquele deserto gelado, mas era questão de tempo. Não chegaria a lugar algum.
Em pouco tempo, seu corpo estava novamente na casa, agora apenas para servir de alimento.
Enquanto isso, Shannon se fortalecia. A barriga crescia com o desenvolvimento do bebê. Tudo demonstrava que não demoraria a vir ao mundo.
Owen, atordoado pelas drogas servida pelo homem, atendia as necessidades sexuais do insaciável algoz. Porém, foi isso que inspirou o garoto. Percebendo que estava ingerindo algo que o tirava da realidade, resolveu fingir que tomava o chá e não tomou. Simulando estar no costumeiro transe, manifestou interesse em prolongar o ato, dessa vez possuindo o homem. Embora surpreso, concedeu. Utilizando a cinta e um pontiagudo caco da tigela feriu-lhe gravemente a jugular.
Rapidamente apanhou as chaves e passou a buscar desesperadamente Callum e Shannon. Deparou-se com a cela da moça, alienada e sem perceber o que estava acontecendo.
Na parede da cozinha a cabeça de Callum decorava a parede. Saíram em busca da rua. A paisagem estava transformada e o sol iluminava tudo.
A comunidade aturdiu-se com a notícia do homem de cachecol e as vítimas que fizera. Provavelmente tenha sido o autor do desaparecimento de cada pessoa daquela cidadezinha. Em um poço no fundo da casa incontáveis ossos forravam o fundo.

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O bebê nasceu forte e não poderia ser responsabilizado pelos atos hediondos do pai. Era alegre e sorridente, de olhar muito vivo e carismático.
Sua verdadeira personalidade seria revelada com o tempo...a alma do homem de cachecol revivia nele.

A TORRE


na fantástica torre onde me isolo e lamento
fito a lua, alaranjada em alguns momentos,
penso em atirar-me solto e beijar a terra
a terra, a lama, o barro, donde tudo foi modelado
o coração sorridente, apertado e apaixonado
entrecortado por sentimentos e delírios
tece e fia poemas ávidos em tocar os desígnios
algo escrito num tempo oculto do passado
nas entranhas do ventre, do DNA ou mais atrás
correntes ensopadas de história e emoções
brotam mandrágoras, alfavacas e tomilhos
salpicando odores, sabores e magias
no meu corpo inerte, quieto e liberto
aurora que não vejo por estar mais perto.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

MISTERIOSAS LETRAS


estranhos poemas desconexos
que brotam de dentro de mim
são como chuvas serenas na madrugada
que acolhem o sono morno
acalentam e distorcem
em sonhos sôfregos e disformes
vezes caminham pelos páramos celestiais
vezes se contorcem em mármores infernais
são versos algumas vezes
outras apenas palavras que se entrelaçam
rimam ou se rechaçam
brincam e se atacam
turbulências da alma de um poeta
paixões avassaladoras
frios desertos e masmorras
sentimentos solitários
que caminham de mãos dadas com o tempo
personagens e cenas que se congelam
em poucos vocábulos singelos
é bom esse sentimento
quando a pena se move e rascunha
o que se vive no momento
oculta metamorfose
em que nos tornamos velhos, jovens,
senhores ou senhoras, anjos e
assassinos no simples ato de virar a página...
misteriosas letras

APENAS PENSAMENTOS


ah, o que se move em meu coração ?
dúvida, incerteza, gratidão ?
há tumultuados momentos
que mobilizam tantos sentimentos...

o ego, estufado e pomposo ego,
que torna a qualquer um cego
pobre míope centrado no umbigo
perdendo-se no caminho antes
                                             perseguido

é melhor retroceder que perder-se
felizes aqueles que olham e vêem
tantas formas de renovar-se e perceber-se
aprender insistente de um mundo que vai
                                                 e vem

mundo selvagem para uns
pacato e insólito para outros
pensamentos que fluem absortos
sem elos, sem correntes

apenas os dias que se passam
emoções que oscilam
sentimentos que explodem
o coração que se parte.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

SOU LAGARTA


brinco com os dias
como se modelasse a argila
somente posso rir gostosamente
celebrando alegrias e quedas
tecer cada momento
colorindo em formas e ornamentos
sorrir quando me jogam pedras e
com elas construir templos
o amanhã nem sei se existe
e isso não é um fato triste
o hoje é único e importante
assumindo-me lagarta
urge cuidar de cada folha
tenras, saborosas, nutritivas
celebrando o brilho intenso da vida
até que se extinga
se assim o vejo
mas talvez eu seja trouxa
por acreditar nisso...
e me transforme em mariposa
para conhecer outros dias
antes nem sonhados
e deixar na folha esquecida
frascos de novas lagartas
que se espalham e consomem
famintas e inconscientes
sem saber que mais pra frente
serão novamente
mariposas.

CINZAS


temo o tempo
que consuma cada momento
que tenhamos vivido
e em algum ponto esteja registrado
cérebro, corpo, mente ou alma
aflijo-me e perco a calma
ao saber que não estás mais aqui
cinzas do crematório se espalha
redemoinhos absortos
opacos, mudos, sem odores
alimentando-se qual berne faminto
fartando-se de recordações
de tempos que se foram
de tempos que poderiam ter sido
natimortos  em suas paixões esquecidas
resta o sonho
sonho de escárnio e de desejo
de ironia e de descaso
caminho tortuoso em que vago
achando e te perdendo
infinitas e absurdas vezes
risos e lágrimas inúteis
temo o tempo

quinta-feira, 21 de julho de 2011

MORTE DO CEDRO


olho o cedro rígido e majestoso
erguendo-se altivo na planície
mágica visão entre montanhas
entre alvas brumas, sumptuoso
crava-lhe o machado impiedoso
guiado pela mão do próprio homem
conforto, aconchego, aquecimento
tudo se justifica no momento
em que tomba rígido e indefeso
tombam também gorilas e rinocerontes
maiores se tornam os horizontes
ninhos, sonhos, estrondo magistral
árvore não pensa, não sente, afinal
esculpe-se, martela-se, modela-se
belo genuflexório que em sua função
unirá, ao menos assim dizem, deus
que no pino do meio dia irradia
sobre o homem e sobre a terra
sua luz que se entalha abençoando
o homem, o machado e o cedro
oculto na penumbra da capela
na busca inútil de se auto-perdoar
mata, fere, extingue, transmuta
  ao seu redor, sem poder se olhar.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O MUNDO GIRA


o giro do mundo
rodopios num segundo
oscilando posições
hoje caça amanhã o caçador
o último sorriso refastela-se

gira  o mundo
impermanência das coisas
tudo muda
tudo passa
tudo gira

a montanha se torna barro
o barro a cerâmica
a cerâmica o lixo

vulcões que explodem
mares que avançam
civilizações desaparecem
vidas se renovam
rico fica pobre
o pobre fica rico
e nem precisa reencarnação

o que há embaixo está no alto
vivo em muitas dimensões
me reencontro em órbitas fugazes
bailado sísmico dos planetas

tudo girando
como a cabeça fermentada de álcool
nada é estático
vibram partículas em mim
no sono profundo
nada para em mim.

Aprendendo a Pensar - Não perca esta Conferência

 
Nos dias 19 (das 19:00 às 22:00 horas), 20, 21 e 22 (das 07h30min às 12:00h – 13h30min às 17:00h) de julho de 2011, realizaremos o IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO CULTURA E MEIO AMBIENTE DE TERRA ROXA – SP. O Tema proposto “ EDUCAÇÃO INTEGRADA, POLITICAS PEDAGÓGICAS, CIÊNCIA E ÉTICA ” leva os profissionais de vários segmentos a refletirem sobre as perspectivas educacionais da atualidade.

A interação entre cidadãos com diferentes formações, o diálogo, a troca de ideias, de materiais e sobretudo de experiências contribuem para o crescimento profissional e pessoal de todos os envolvidos. Sabe-se que as diferenças tornam possíveis reflexões mais profundas e consequentemente maior aprendizagem.

Conscientes dessa realidade, convidamos Vossa Senhoria, agentes públicos, empresários e sociedade civil organizada e os profissionais da área da educação, da cultura,meio ambiente,saúde, esportes, segurança pública, conselheiros tutelares, líderes de igrejas, pesquisadores, acadêmicos e estudantes de cursos técnicos para participarem desse evento educacional.

Informações alusivas ao IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E MEIO AMBIENTE DE TERRA ROXA, a ser realizado no Anfiteatro Mohamed Abbes Sobrinho, situado à Rua Marechal Floriano, n؟ 690, Terra Roxa, Estado de São Paulo, através do telefone ( 17- 3395 9600 ), e site www.terraroxa.sp.gov.br

Dia 22 - 7h15min - Conferência Plenária com Prof Geraldo José Sant´Anna

domingo, 10 de julho de 2011

Holda, Senhora das Bruxas !


Holda é associada aos lagos e regatos e tem domínio sobre os lobos.
Hoje é sua celebração.

Então segue o Ritual para você entrar em conexão com ela:

01 copo com água do lago
01 vela verde
01 incenso de Aloe Vera
01 anel de prata

Acenda a vela verde ao lado do copo com a água do lago.
Coloque o anel próximo a vela (após o Ritual você deverá usá-lo)
Queime o incenso e faça suas mentalizações.

Libere a bruxa que há em você !!!

Seguindo nosso calendário festivo: Hoje é Dia da Pizza

fotos Geraldo Bossini

Ligue no Soléra ( 3343-5115 ou 3343-5787) e peça a sua !!!

Mais uma razão para comemorar !

sábado, 9 de julho de 2011

SABOR DE GENGIBRE


exótico gosto do oriente
frango, canela e pimenta
cravo, cardamomo e outras sementes
tenho gosto de gengibre
meu corpo é valente, é quente e ardente
deixa o fogo arder
o óleo ferver
põe cebola para cozinhar
sopra o vento em vendaval
só toma cuidado pra não se queimar
o sal vem do mar
Odofeiabá, Iemanjá !
tem gosto de sereia
com os pés na areia
me deixa pra lá
viajar pelas ondas até me cansar
tem frango na panela
preciso voltar

Hoje é o Dia Nacional das Loiras


Comemorem !!!

O FILHO DO DEMÔNIO


A tarde estava quieta, com o ar parado, sem vento, o sol espargia raios alaranjados pelas nuvens em curiosa dança de cores enquanto a noite começava aproximar-se. Os pássaros, seguindo o instinto, alardeavam pelo céu na busca de um lugar para repousar. As galinhas se empoleiravam pelas árvores, tentando proteger-se de algum predador noturno. O fogão a lenha de Domingas preparava o último repasto. Uma casinha na mata, de chão batido, poucos móveis, de madeira, ultrajados pelo tempo, tudo evidenciava a antiguidade do lugar, inclusive a moradora. A casa estava ocupada desde sempre num histórico confuso onde as gerações se contorciam passando da tataravó, ou antes disso, até chegar ao presente.
Domingas beirava os cem anos, há quem dissesse que tinha mil anos, a considerar sua aparência, apesar de demonstrar inacreditável vitalidade. Muito ativa. Recolhia-se com as galinhas e despertava pela madrugada, religiosamente. Não tinha medo de nada, nem do futuro incerto, era rabugenta, brava, ranzinza, sem qualquer senso de humor. Olhava as pessoas como se conhecesse cada dia de seu destino, para onde estavam se dirigindo e somente nestes momentos esboçava um leve sorriso. Parecia não entender como as pessoas podiam ser tolas e cometer erros triviais, escolhendo caminhos inseguros e desastrosos. Em hipótese alguma aceitava opiniões contrárias as suas, até mesmo por que o tempo lhe ensinara e muito as surpresas e desafios da vida, por essa razão era avessa a qualquer mudança.
Tinha um filho, Aristides, com nítidos problemas mentais, que as pessoas especulavam ter nascido de um romance de Domingas com um demônio. Já se mostrava também bastante velho e a ajudava nos serviços mais corriqueiros como cortar a lenha, cuidar dos animais e alguns cultivos de subsistência. Domingas evitava a todo custo afastar-se de cada e ir até a vila. Num pacto silencioso as pessoas mantinham-se afastadas, entre respeito e medo, recheado por lendas e superstições. Aristides apresentava certa dificuldade de locomoção, cambaleando pela mata em busca de lenha ou atrás de alguma galinha para ser sacrificada e servir de alimento, assim como limitações em sua coordenação motora e alto nível de ansiedade, com repentinas mudanças de humor, refugiando-se pelos arredores quando algo o contrariava. Apenas Domingas conseguia entender o que dizia e talvez. seu companheiro Jambo, um enorme cão da raça Kurzhaar.
A vila flutuava pela interpretação dos acontecimentos relacionando-os a Domingas. Uma boa colheita e Domingas estava feliz e satisfeita. Um gado que morria era devido a alguma praga lançada pela mulher; sempre encontrando-se razões para isso ou para aquilo. Essa era a rotina e o assunto da vila. As mulheres debruçavam-se nas cercas protegidas pelos chuchuzeiros e tinham como assunto principal Domingas e Aristides, apesar de  muitos nunca a terem visto.
As chuvas chegaram associadas a um calor descomunal. Naquele ano, porém, algo estranho também passou a acontecer. Primeiro foram as aves de Dona Marupa, que residia no fim da vila, perto do brejo. Ela criava cabras, porcos, galinhas, patos, perus, angolas, gansos, uma variedade abastada de animais. As galinhas e galos começaram a mostrar a crista inchada, soltar uma gosma estranha pelo bico e eliminar fezes meio verde e amareladas. Morriam. Em seguida os perus, os patos e a coisa se espalhou. Logo foram as galinhas da Dona Ponciana e da Dona Ritinha. Todas lá de onde chamavam “Água Espraiada”. As mulheres horrorizadas tentavam identificar em que haviam ofendido Domingas.
O filho de Dona Ponciana, Adamastor, criou coragem e decidiu acabar com aquilo. Era preciso enfrentar Domingas. Passou a visitar casa a casa onde havia homens que podiam juntar-se ao grupo. Estavam reunidos na Igreja de Santa Apolônia, uma construção infiltrada entre árvores centenárias na parte mais alta da vila. O céu plúmbeo era entrecortado por raios e o ribombar atemorizador dos trovões. Vários anunciavam que Domingas já conhecia suas intenções e que seria prudente retroceder. Adamastor, contudo, encorajava a cada um. Não poderiam continuar vivendo à mercê dos humores de uma bruxa. As esposas estimulavam, as mais idosas alertavam para os males que estavam atraindo para a vila.

O Padre Nicolau acolheu os nobres homens nesta luta a favor de Deus. Dona Ponciana, tomando coragem, contestou-o citando o “não matarás”, no que foi veementemente rebatida. O padre complementou com “a feiticeira não deixarás viver”, estampado em Êxodo 22,18 e abençoou a todos para que tivessem pleno êxito.
Após o temporal, a madrugada estava calma. Liderados por Adamastor dez homens adentraram a mata rumo a casa de Domingas. Desejavam surpreendê-la dormindo. Ateariam fogo a casa e aguardariam até que tudo se queimasse. Caso ela ou o filho reagissem os matariam a golpes de machados, foices e outros utensílios que levavam consigo. As chuvas haviam criado poços de lama, como se o brejo tivesse se expandido. Entendiam que as artes mágicas de Domingas estavam em ação. Deviam estar preparados. Vez ou outra um uivo, um ruflar de asas e pisadelas no mato os faziam estacionar, inseguros.
Aproximando-se da casa, Jambo os localizou com presteza, latindo ameaçador, despertando os moradores. A porta abriu-se e Domingas emergiu das sombras. A visão paralisou a todos, imprimindo profundo silêncio.
- O que vocês querem aqui?, questionou a velha encarando-os, vão embora !
- Só saímos daqui depois de termos certeza de que estiver morta !, gritou Adamastor encorajando o grupo.
Um dos homens, mais influenciados, avançou na direção da mulher com uma foice. Domingas ergueu a mão direita e a foice elevou-se aos ares.
- Vão embora daqui...recomendou a senhora ameaçadora.
Três dos homens correram para atingir a mulher, quando Aristides apareceu arrancando as armas das mãos deles e torcendo-lhes o pescoço como se fossem frangos. Um golpe de machado, contudo, atingiu o crânio de Aristides, derrubando-o. Num gesto de Domingas o homem caiu segurando o próprio pescoço sendo asfixiado lentamente.
Um vendaval assustador se iniciou, enquanto a mulher fazia invocações. Saíram todos mergulhando na mata fechada. Apenas Adamastor e mais dois homens conseguiram retornar a vila. Os outros foram tragados pelo pântano, picados por serpentes ou rolaram pelo despenhadeiro.
Domingas recolheu o corpo do filho, consternada e vivificada pelo ódio. Preparou um misterioso ritual. O coração pulsante de uma onça passou a bater no peito de Aristides. Restos mortais dos homens que atacaram a casa permitiram que a bruxa ligasse olhos ao redor da cabeça do filho de maneira que ele poderia enxergar por todos os lados.  Ao abrir um pote de barro manifestou-se uma entidade sobrenatural, como um elemental, que cicatrizou os ferimentos e deu vida a cada órgão. Em recompensa ganhou a liberdade da floresta. Aristides agora era um monstro, com instintos apurados, a audição de uma onça, a percepção aguçada, a visão em 360º, dono de uma força descomunal.
A vila estava em pânico. Não haviam conseguido a mulher e ainda haviam matado seu filho. Haveriam terríveis represálias.
O marceneiro, Bento, após um dia intenso de serviços chegou em sua casa no escurecer da noite. Na porta da casa estava pendurada sua cadelinha vira-latas. Trêmulo adentrou a casa e na sala deparou-se com sua esposa, Denilce, degolada, visivelmente torturada antes de da execução. Na cozinha assando no fogão a lenha seus dois filhos, Maria Branca e Milton Brando, gêmeos de seis anos de idade. Em estado de choque, lançou uma corda em uma viga do telhado da cozinha e enforcou-se ali mesmo.
O próximo foi Lazor, o barbeiro, que estava transtornado em razão da morte do amigo há três meses. Diziam que a bruxa havia transformado o filho num ser sobrenatural. Preparava-se para sair quando ouviu a porta se fechar. Como morava nos fundos foi ver quem era, talvez fosse um cliente e realmente alguém estava sentado na cadeira pronto para ser barbeado ou cortar o cabelo. Suas pernas bambearam, no entanto, ao ver que Aristides o aguardava. Terrivelmente feio, com face nos dois lados da cabeça, olhos de sucuri, segurou Lazor pelo pescoço e lançou-o contra a parede. Sua voz parecia um mugido saído dos infernos.
-Você não vai matar a minha mãe...alertou Aristides, enquanto empunhava a lâmina de barbear terrivelmente afiada.
Dona Ester encontrou o marido vazio, as vísceras haviam sido retiradas e levadas. Achou-o sentado na cadeira na barbearia, olhando-se no espelho. Aos poucos Dona Ester consumiu-se, não mais se alimentava, chorava e falava sozinha pelos cantos. Morreu, certamente de fome. Tempos depois sua filha faleceu vítima de queda de um cavalo. O cavalo espantou-se e a moça não resistiu.
A esposa de Adamastor, Elenice, exigia que fossem embora dali. Temia pela vida de todos. Ele seria o próximo e não apenas ele, mas a família pagaria o preço da ousadia. Domingas parecia nutrir-se pela ansiedade de cada um, o medo de ser o próximo, que fim os aguardava, como seriam mortos, em que circunstância. Apavoravam-se em ficar e em sair de casa, em dormir e acordar.   
Uma noite de sono profundo daria o primeiro sinal a Adamastor de que Aristides se aproximava. Ao acordarem pela manhã não localizaram Mateus, seu filho de oito anos. Ele estava dependurado de ponta cabeça na mangueira do quintal. Seu cãozinho estava postado ao lado, esperando que o menino descesse. Elenice somente conseguia gritar desesperadamente. Haviam levado os olhos e a língua, extraídos com o menino ainda vivo.
A fúria de Elenice voltou-se contra Adamastor. Ele era o causador de tudo aquilo. Pagavam com a vida de tantas pessoas apenas por causa de algumas galinhas mortas. No enterro do garoto, Elenice enterrou um punhal no peito do marido. Sorria feito louca e louca passou a viver, andando pela vila, morando entre as árvores e se alimentando de restos que mãos caridosas lhe ofereciam.
Antes Domingas era apenas uma bruxa solitária, agora anualmente exigia o sacrifício de uma pessoa, cujo sangue mantinha seu filho vivo. 

sexta-feira, 8 de julho de 2011

CIDADE MOLHADA


cidade molhada
ruas de espelho
praça esmeralda
andorinhas voando
céu claro
a chuva passou
cheiro de barro
pessoas cantando
passou o vento
passou o trovão
passou o raio
passou o medo
nem se lembram mais
passou o tempo
passou mais a vida
contando os grãos
como quem escolhe feijão
cidade molhada
escorregadia
enxurrada que segue
levando excessos
galhos desatentos
lixo
pelos bueiros encharcados
temporal que se foi

ÂMBAR

foto Geraldo Bossini
seu retrato está gravado
em um âmbar transparente e imaculado
em congeladas imagens do passado
alaranjado, dourado, espelhado
onde se lê o amanhã
como bola de cristal
se vê eu, se vê você
onde estamos nós ?
cenas eternizadas pelo tempo
tempo consumido pela saudade
madeira oca de cupins famintos
âmbar em aura mel
fulgurosa e descontente
eterna procissão de tanta gente
andor que segue intermitente
cravos, rosas, lírios e suores
que vão se gravando
no vácuo dos dias
romaria cotidiana de cada dia
na esperança melancólica do amanhã
trago seu retrato em meu seio
quase rasgado, desgastado
quase um lamento
esperando, quem sabe, um momento
que se torne real.

CONTOS EMANADOS DE SITUAÇÕES COTIDIANAS

“Os contos e poemas contidos neste blog são obras de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações terá sido mera coincidência”

SABORES DO COMENDADOR

Ator Nacional: Carlos Vereza

Ator Internacional: Michael Carlisle Hall/ Jensen Ackles/ Eric Balfour

Atriz Nacional: Rosamaria Murtinho / Laura Cardoso/Zezé Mota

Atriz Internacional: Anjelica Huston

Cantor Nacional: Martinho da Vila/ Zeca Pagodinho

Cantora Nacional: Leci Brandão/ Maria Bethania/ Beth Carvalho/ Alcione/Dona Ivone Lara/Clementina de Jesus

Música: Samba de Roda

Livro: O Egípcio - Mika Waltaire

Autor: Carlos Castañeda

Filme: Besouro/Cafundó/ A Montanha dos Gorilas

Cor: Vinho e Ocre

Animal: Todos, mas especialmente gatos, jabotis e corujas.

Planta: aloé

Comida preferida: sashimi

Bebida: suco de graviola/cerveja

Mania: (várias) não passo embaixo de escada

O que aprecio nas pessoas: pontualidade, responsabilidade e organização

O que não gosto nas pessoas: pessoas indiscretas e que não cumprem seus compromissos.

Alimento que não gosta: coco, canjica, arroz doce, melão, melancia, jaca, caqui.

UM POUCO DO COMENDADOR.


Formado em Matemática e Pedagogica. Especialista em Supervisão Escolar. Especialista em Psicologia Multifocal. Mestre em Educação. Doutor Honoris Causa pela ABD e Instituto VAEBRASIL.

Comenda Rio de Janeiro pela Febacla. Comenda Rubem Braga pela Academia Marataizense de Letras (ES). Comenda Castro Alves (BA). Comendador pela ESCBRAS. Comenda Nelson Mandela pelo CONINTER e OFHM.

Cadeira 023, da Área de Letras, Membro Titular do Colegiado Acadêmico do Clube dos Escritores de Piracicaba, patronesse Juliana Dedini Ometto. Membro efetivo da Academia Virtual Brasileira de Letras. Membro da Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias. Membro da Literarte - Associação Internacional de Escritores e Acadêmicos. Membro da União Brasileira de Escritores. Membro da Academia de Letras e Artes de Fortaleza (ALAF). Membro da Academia de Letras de Goiás Velho (ALG). Membro da Academia de Letras de Teófilo Ottoni (Minas Gerais). Membro da Academia de Letras de Cabo Frio (ARTPOP). Membro da Academia de Letras do Brasil - Seccional Suíça. Membro da Academia dos Cavaleiros de Cristóvão Colombo. Embaixador pela Académie Française des Arts Lettres et Culture. Membro da Academia de Letras e Artes Buziana. Cadeira de Grande Honra n. 15 - Patrono Pedro I pela Febacla. Membro da Academia de Ciências, Letras e Artes de Iguaba Grande (RJ). Cadeira n.º 2- ALB Araraquara.

Moção de Aplausos pela Câmara Municipal de Taquaritinga pelos serviços em prol da Educação. Moção de Aplausos pela Câmara Municipal de Bebedouro por serviços prestados à Educação Profissional no município. Homenagem pela APEOESP, pelos serviços prestados à Educação. Título de Cidadão Bebedourense. Personalidade 2010 (Top of Mind - O Jornal- Bebedouro). Personalidade Mais Influente e Educador 2011(Top of Mind - O Jornal- Bebedouro). Personalidade 2012 (ARTPOP). Medalha Lítero-Cultural Euclides da Cunha (ALB-Suíça). Embaixador da Paz pelo Instituto VAEBRASIL.

Atuou como Colunista do Diário de Taquaritinga e Jornal "Quatro Páginas" - Bebedouro/SP.
É Colunista do Portal Educação (http://www.portaleducacao.com.br

Premiações Literárias: 1º Classificado na IV Seletiva de Poesias, Contos e Crônicas de Barra Bonita – SP, agosto/2005, Clube Amigo das Letras – poema “A benção”, Menção Honrosa no XVI Concurso Nacional de Poesia “Acadêmico Mário Marinho” – Academia de Letras de Paranapuã, novembro/2005 – poema “Perfeita”, 2º colocado no Prêmio FEUC (Fundação Educacional Unificada Campograndense) de Literatura – dezembro/2005 – conto “A benção”, Menção Especial no Projeto Versos no Varal – Rio de Janeiro – abril/2006 – poema “Invernal”, 1º lugar no V Concurso de Poesias de Igaraçu do Tietê – maio/2006 – poema “Perfeita”, 3º Menção Honrosa no VIII Concurso Nacional de Poesias do Clube de Escritores de Piracicaba – setembro/2006 – poema “Perfeita”, 4º lugar no Concurso Literário de Bebedouro – dezembro/2006 –poema “Tropeiros”, Menção Honrosa no I concurso de Poesias sobre Cooperativismo – Bebedouro – outubro/2007, 1º lugar no VI Concurso de Poesias de Guaratinguetá – julho/2010 – poema “Promessa”, Prêmio Especial no XII Concurso Nacional de Poesias do Clube de Escritores de Piracicaba, outubro/2010, poema “Veludo”, Menção Honrosa no 2º Concurso Literário Internacional Planície Costeira – dezembro/2010, poema “Flor de Cera”, 1º lugar no IV Concurso de Poesias da Costa da Mata Atlântica – dezembro/2010 – poema “Flor de Cera”. Outorga do Colar de Mérito Literário Haldumont Nobre Ferraz, pelo trabalho Cultural e Literário. Prêmio Literário Cláudio de Souza - Literarte 2012 - Melhor Contista.Prêmio Luso-Brasileiro de Poesia 2012 (Literarte/Editora Mágico de Oz), Melhor Contista 2013 (Prêmio Luso Brasileiro de Contos - Literarte\Editora Mágico de Oz)

Antologias: Agreste Utopia – 2004; Vozes Escritas –Clube Amigos das Letras – 2005; Além das Letras – Clube Amigos das Letras – 2006; A Terra é Azul ! -Antologia Literária Internacional – Roberto de Castro Del`Secchi – 2008; Poetas de Todo Brasil – Volume I – Clube dos Escritores de Piracicaba – 2008; XIII Coletânea Komedi – 2009; Antologia Literária Cidade – Volume II – Abílio Pacheco&Deurilene Sousa -2009; XXI Antologia de Poetas e Escritores do Brasil – Reis de Souza- 2009; Guia de Autores Contemporâneos – Galeria Brasil – Celeiro de Escritores – 2009; Guia de Autores Contemporâneos – Galeria Brasil – Celeiro de Escritores – 2010; Prêmio Valdeck Almeida de Jesus – V Edição 2009, Giz Editorial; Antologia Poesia Contemporânea - 14 Poetas - Celeiro de Escritores, 2010; Contos de Outono - Edição 2011, Autores Contemporâneos, Câmara Brasileira de Jovens Escritores; Entrelinhas Literárias, Scortecci Editora, 2011; Antologia Literária Internacional - Del Secchi - Volume XXI; Cinco Passos Para Tornar-se um Escritor, Org. Izabelle Valladares, ARTPOP, 2011; Nordeste em Verso e Prosa, Org. Edson Marques Brandão, Palmeira dos Indios/Alagoas, 2011; Projeto Delicatta VI - Contos e Crônicas, Editora Delicatta, 2011; Portas para o Além - Coletânea de Contos de Terror -Literarte - 2012; Palavras, Versos, Textos e Contextos: elos de uma corrente que nos une! - Literarte - 2012; Galeria Brasil 2012 - Guia de Autores Contemporâneos, Celeiro de Escritores, Ed. Sucesso; Antologia de Contos e Crônicas - Fronteiras : realidade ou ficção ?, Celeiro de Escritores/Editora Sucesso, 2012; Nossa História, Nossos Autores, Scortecci Editora, 2012. Contos de Hoje, Literacidade, 2012. Antologia Brasileira Diamantes III, Berthier, 2012; Antologia Cidade 10, Literacidade, 2013. I Antologia da ALAB. Raízes: Laços entre Brasil e Angola. Antologia Asas da Liberdade. II Antologia da ACLAV, 2013, Literarte. Amor em Prosa e Versos, Celeiro de Escritores, 2013. Antologia Vingança, Literarte, 2013. Antologia Prêmio Luso Brasileiro - Melhores Contistas 2013. O tempo não apaga, Antologia de Poesia e Prosa - Escritores Contemporâneos - Celeiro de Escritores. Palavras Desavisadas de Tudo - Antologia Scortecci de Poesias, Contos e Crônicas 2013. O Conto Brasileiro Hoje - Volume XXIII, RG Editores. Antologia II - Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro. antologia Escritores Brasileiros, ZMF Editora. O Conto Brasileiro Hoje - Volume XXVI - RG Editores (2014). III Antologia Poética Fazendo Arte em Búzios, Editora Somar (2014). International Antology Crossing of Languages - We are Brazilians/ antologia Internacional Cruce de Idiomas - Nosotros Somos Brasileños - Or. Jô Mendonça Alcoforado - Intercâmbio Cultural (2014). 5ª Antologia Poética da ALAF (2014). Coletânea Letras Atuais, Editora Alternativa (2014). Antologia IV da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, Editora Iluminatta (2014). A Poesia Contemporânea no Brasil, da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, Editora Iluminatta (2014). Enciclopédia de Artistas Contemporâneos Lusófonos - 8 séculos de Língua Portuguesa, Literarte (2014). Mr. Hyde - Homem Monstro - Org. Ademir Pascale , All Print Editora (2014)

Livros (Solos): “Análise Combinatória e Probabilidade”, Geraldo José Sant’Anna/Cláudio Delfini, Editora Érica, 1996, São Paulo, e “Encantamento”, Editora Costelas Felinas, 2010; "Anhelos de la Juvenitud", Geraldo José Sant´Anna/José Roberto Almeida, Editora Costelas Felinas, 2011; O Vôo da Cotovia, Celeiro de Escritores, 2011, Pai´é - Contos de Muito Antigamente, pela Celeiro de Escritores/Editora Sucesso, 2012, A Caminho do Umbigo, pela Ed. Costelas Felinas, 2013. Metodologia de Ensino e Monitoramento da Aprendizagem em Cursos Técnicos sob a Ótica Multifocal (Editora Scortecci). Tarrafa Pedagógica (Org.), Editora Celeiro de Escritores (2013). Jardim das Almas (romance). Floriza e a Bonequinha Dourada (Infantil) pela Literarte. Planejamento, Gestão e Legislação Escolar pela Editora Erica/Saraiva (2014).

Adquira o seu - clique aqui!

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Metodologia e Avaliação da Aprendizagem

Pai´é - Contos de Muito Antigamente

Pai´é - Contos de Muito Antigamente
Contos de Geraldo J. Sant´Anna e fotos de Geraldo Gabriel Bossini

ENCANTAMENTO

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meus poemas

Análise Combinatória e Probabilidades

Análise Combinatória e Probabilidades
juntamente com o amigo Cláudio Delfini

Anhelos de la Juvenitud

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Edições Costelas Felinas

A Caminho do Umbigo

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Edições Costelas felinas

Voo da Cotovia

Voo da Cotovia
Celeiro de Escritores

Divine Acadèmie Française

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Prêmio Luso Brasileiro de Poesia 2012/2013

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Literarte/Mágico de Oz (Portugal)

Lançamento da Antologia Vozes Escritas

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Noite de autógrafos em Barra Bonita-SP

Antologia Literária Cidade - Volume II

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Poemas : Ciclone e Ébano

Antologia Eldorado

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Antologia II

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Antologia Cidade 10

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Org. Abílio Pacheco

Antologia da ALAB

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Antologia Poesia Contemporânea - 14 Poetas

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Lançamento do CELEIRO DE ESCRITORES

Contos de Hoje - Narrativas

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Literacidade

O Conto Brasileiro Hoje

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RG Editores

4ª Antologia da ALAF

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