terça-feira, 31 de maio de 2011

31 DE MAIO - MORRE ELIPHAS LEVI


“O homem que é escravo de suas paixões ou dos preconceitos deste mundo não poderia ser um iniciado; ele nunca se elevará, enquanto não se reformar; não poderia, pois, ser um adepto porque a palavra adepto significa aquele que se elevou por sua vontade e por suas obras...”
 Eliphas Levi - Dogma e Ritual da Alta Magia

segunda-feira, 30 de maio de 2011

EVOÉ !


doce sabor da uva
que escorre em sucos adocicados
pelos sulcos marcados de sua pele
salgando-se
como rio que se lança ao mar
o pó da pele em areia se transforma
algas se contorcem
pretérito de pelos em metamorfose
corpo onírico dissolvido em mitos
de um eco ancestral

uvas que celebram Baco
no reluzente Graal
apostasia em cânticos dissimulados
confusos e apaixonados
entre salgueiros e videiras
na oculta sombra da noite

vinho que se transmuta em sangue
sangue que banha a terra
que corre nas veias
que se mostra em seiva
que gera a vida
que liberta temores e desejos

Evoé !
brindo a vida e os amores !
os encantos, desencantos e labores !
ergo a taça em festa
ciclos se renovam
sol, frio, ventos e fartura
tudo tem seu tempo e ventura
saiba viver cada um deles !

Foto de : http://vinhosemaisvinhos.blogspot.com/2011/04/vinhos-5-dicas-sobre-os-beneficios-e.html

SOFRIMENTO VÃO


minha tristeza se derrama em gotas sólidas
que se emolduram e solidificam
como esculturas que contam a nossa história
imagens perdidas do não-tempo
o vôo soturno do gavião que passa
entre nuvens eflúveas carregadas de devaneios

chovem ácidas com a amargura do fel
nutrindo o solo árido de minh´alma
já quase desfalecida e açoitada pelas lembranças

memórias fugazes e opacas
em inscrustrações de espinhos venenosos de arraias
cravados no ventre da consciência
enquanto masco os frutos do jequiriti

emito um canto que ressoa na imensidão do deserto
e desperta as sereias de seu sono no palácio de Aiocá
um canto que faz vibrar os corações mais insensíveis
que brota a lágrima em reluzentes cristais
despejando-os na penumbra oculta de seu próprio ser

uma tristeza que se espalha, mas não contamina
paralisando o momento sem que haja o depois
enraizando-se persistente no agora
no agora em que ainda posso sentir a tristeza

sentimento amalgamado e transbordante
atarracado nas dores de um passado
que já nem sei se existiu.

CONSELHEIRA


"A vida é uma peregrinação para a morte"
(Provérbio Egípcio)
ah! impávida conselheira
teu aroma insufla múltiplos sentimentos

todos estão determinados a compartilhá-lo
senti-lo num misto de curiosidade e sofrimento

a vivê-lo em qualquer fase
do bebê ao ancião, do mendigo ao alcade,
passeias incólume e altiva
surpreendendo o caminhante e a sensitiva

num miraculoso trajeto em que estás entrelaçada
que parece definir data e hora
para dizer-se enamorada

desde outrora quando ainda menos se entendia
sistemas de crenças se criaram
na tentativa vã de dissuadi-la
mas reinas alheia a tudo
consumindo sóis, fungos e o meio-dia

sem receios
ceifa e arrebata
deixando o alento de quem fica
na construção de dias que se edificam
até que ressurjas fulgurante
para revelar num rápido instante
hoje és tu o meu desejo...

ELO ROMPIDO


Ao meu filho Brédinho

acabou
sua vida diluiu-se com as brumas da madrugada fria
corte metálico e insensível da foice da morte
um minuto
um frágil minuto
e não estás mais conosco
a vida delicada esvaiu sem muito esforço
resta a memória trazendo inúmeras histórias desde seu nascimento
dias bons em que te vimos tornar-se forte, senhor de si, um tigre branco
mas todas as vidas não são perenes
em algum atalho a teia da consumação
nos aguarda implacável
estranho como hoje percebo que talvez se despedisse
calado e taciturno
caminhando pelos corredores
com olhar distante e triste
talvez devesse ter percebido
a ânsia de voltar no tempo e abraçar-te só por mais um momento
de desfazer acontecimentos
tudo em vão
acabou
você se foi como a folha leve levada pelo vento
nutrida pelo meu dolorido pensamento
de que não posso mais te tocar.

domingo, 29 de maio de 2011

NOSSAS SOMBRAS


vivemos em um mundo de sombras
mundo em que muito pouco aparecemos
em nosso lugar atua nossos sósias tão bem treinados
o forte, valente e autoritário em que poucos podem se aproximar
o coitadinho, sofredor e perseguido que despeja lágrimas para confundir e se proteger
o isolado, distante, incomunicável e misterioso que arranca sua atenção e comiseração
o pau pra toda obra, com dezenas de “eus” conforme a ocasião
o brincalhão, fanfarrão e sem compromissos que entretém a todos com distrações
o bravo, irritado, nervoso, colérico que atemoriza e afasta
o que se faz de bobo, está sempre alheio e por fora, deixando a todos perplexos
a pai ou mãe de todos, que acolhe, protege e se doa...até a hora da cobrança
são mil faces que contracenam
sombras que criamos e em cujo âmago vivemos
mergulhados, sonolentos e desconhecidos,
nascemos e morremos
sem nos encontrarmos
tateando a penumbra que alimentamos.

LEITURA DE CARTAS


as cartas revelam seus medos, seus anseios
aquilo que suas reações denunciam
em palavras ocultas nos gestos despercebidos
no lábio que se contorce
no corpo que se endireita
nos olhos que se fixam
no comentário que complementa o vaticínio

as cartas invadem os meandros de um futuro
que se entrelaça com suas ações de agora
três de paus tem tino comercial
quatro de copas revela relacionamento sem afeição te leva a depressão
nove de ouros e terá um tesouro

as cartas manifestam um lado inconsciente
mas sempre presente
palavras que quebram o silêncio mudo de nossa mente
dos pensamentos que escondemos
dos medos que alimentamos
dos desejos que ignoramos

as cartas ciganas ou não
levam-nos à reflexão
hora de agir ou se calar
para seus desejos realizar.

FLOR DE MARACUJÁ



não sei onde estou e para onde vou
os sonhos foram diluídos enquanto caminhava
plantas não regadas secam
viram poeira
a poeira da mesma estrada em que caminho

vejo o horizonte
o alternar sucessivo do sol e da lua
do dia e da noite
dos urubus e das corujas
um carro passa apressado
outro estaciona com o pneu furado

sigo andando
quieto como sempre fui
olhando vez ou outra as flores que se enroscam nas cercas
a flor de maracujá
coração ferido
beleza, encanto, sofrimento

onde estou ?
onde estás ?
tenho como companhia o vento e meus pensamentos
as marcas de meus pés
enquanto caminho na estrada.

MORTO INSEPULTO


sombra em que te escondes
em um recanto que te arquivou
busco-te na ânsia incontida de te libertar
de me libertar
de alçar o vôo perturbado de Ícaro
inocente e apaixonado
corações perfurados por uma mesma adaga
amarrados pelo tempo
marcados pelo sofrimento
grito sem eco
que cai pesado
no longínquo passado
onde você viveu.

HORAS MUDAS


tempo parado
futuro inerte
silêncio que emudece
no tanger opaco dos dias
que seguem como procissão
ar parado
nem a campainha toca
o cuco está alojado dorminhoco no relógio
nem a torneira pinga
seus pingos quietos no fundo do tanque
amanhã
amanhã
amanhã
o dia segue perguntando do amanhã
as horas se entreolham confidentes
enquanto lamentam
não viver o hoje.

BULLYING DO PROFESSOR


- Você é limitado!
- Você é burro !
- Você não tem futuro !
- Você não aprende Matemática !
Há muitas maneiras de discriminar, subjugar, diminuir, desmotivar
Não apenas os colegas de classe tem esse poder...
O professor tem ainda mais
Há muitas maneiras de mostrar a ineficiência e
estampar a idéia da improdutividade,
a dificuldade em aprender daquela maneira,
Há muitas maneiras de levar a um aluno a se desinteressar pelos estudos,
em ser colocado à parte
em ser rotulado como “ruim” contrapondo-se aos “bons” alunos
Há muitas maneiras de teatralizar sua preocupação com a formação dos jovens
Há muitas maneiras de inferiorizar
Um olhar
Um sorriso irônico
Uma pergunta ignorada
Uma dificuldade alardeada
Uma avaliação propositadamente individualizada
Há muitas formas legais de mostrar-se deseducador
Há muitas formas de afastar uma pessoa do conhecimento
Há muitas formas de fazer você acreditar-se incapaz
Algum professor já fez isso com você ?
Qual a cena escolar que você trás na memória ?

sexta-feira, 27 de maio de 2011

GERALDOS DAS LETRAS

Arthur Geraldo Vicente Maia
Geraldo Affonso
Geraldo Altoé
Geraldo Alverga
Geraldo Amâncio
Geraldo Ananias Pinheiro
Geraldo Antonio dos Reis
Geraldo Augusto Fernandes
Geraldo Barboza
Geraldo Bessa Victor
Geraldo Carneiro
Geraldo Chacon
Geraldo Coelho Zacarias
Geraldo Costa Alves
Geraldo Costa de Lima
Geraldo Costa Matos
Geraldo D´Almeida Alves
Geraldo Dalmachio
Geraldo Dantas
Geraldo de Barros
Geraldo de Camargo Vidigal
Geraldo de Moura
Geraldo Dias da Cruz
Geraldo Edson de Andrade
Geraldo Edvard Pinto
Geraldo Eustáquio Ribeiro
Geraldo Falcão
Geraldo Fernandes
Geraldo França de Lima
Geraldo Freire
Geraldo Furtado
Geraldo Gesteira
Geraldo Gonçalves da Silva
Geraldo Grabiel Santana
Geraldo Guimarães
Geraldo Holanda Cavalcanti
Geraldo Jânio Vendramini
Geraldo José Ferreira Sampaio
Geraldo Leite
Geraldo Lemos Neto
Geraldo Luiz Brinate
Geraldo Maciel
Geraldo Magalhães
Geraldo Margela
Geraldo Martins de Oliveira
Geraldo Mártires Coelho
Geraldo Mayrink
Geraldo Medeiros Junior
Geraldo Mota
Geraldo Mourão
Geraldo Mousinho (ou Mouzinho)
Geraldo Nascimento
Geraldo Nogueira
Geraldo Pedrosa de Araújo
Geraldo Pereira
Geraldo Peres Generoso
Geraldo Portal Veiga
Geraldo Prado
Geraldo Simões
Geraldo Tasso
Geraldo Teixeira Monteiro
Geraldo Trentini
Geraldo Valença
Geraldo Vieira
João Geraldo Pinto Ferreira
José Geraldo Aguiar
José Geraldo Heleno
José Geraldo Marques
José Geraldo Martinez
José Geraldo Neres
Manuel Geraldo
Paulo Geraldo
Geraldo...

Se você é um Geraldo que também ama as letras, registre seu nome...

Você já pensou sobre o cinco ?


Os cinco poderes são fé, diligência, plena consciência, concentração e insight.
Os cinco desejos são a riqueza, fama, sexo, comida refinada, e muito sono
Os cinco sentidos são audição, olfato, paladar, tato e visão.
A palavra cinco tem cinco letras.
Os cinco elementos são água, terra, fogo, ar, éter.
O cinco é o número do coração humano.
O cinco é o número de Shiva.
Cinco são os dedos das mãos.
 Cinco são os aspectos do ser humano: físico-emocional-mental-anímico-consciente
A estrela de David tem cinco pontas.
Cinco é a hipotenusa do triângulo retângulo.
Cinco é o símbolo da matéria viva.
Cinco são as partes de uma planta: raiz, tronco, folhas, flores e frutos.

Cinco são as viagens dos iniciados.
Cinco são os estados da matéria: Sólido, Líquido, Gasoso, Vapor, Quintessência
Cinco categorias de alimentos: proteínas, glicídios, lipídios, vitaminas e sais minerais
Cinco derivados de origem animal: sangue, gordura, carne, ovos e leite
Cinco reinos da natureza: vegetal, animal, mineral, aquático e prana
Cinco vísceras do homem: rins, pulmões, baço, fígado e coração
Cinco grupos de seres vivos: animal, vegetal, fungo, protista e monera
Cinco tipos de movimento: fixar-se, andar, voar, nadar, rastejar
Cinco secreções: suor, lágrima, urina, esperma e sucos
Cinco é um número mais presente que supomos e trás em si muitos significados.
Desafio: onde mais você encontra o cinco ?

quinta-feira, 26 de maio de 2011

BANHO DE ÁGUA FRIA


ainda penso naquele tempo nacarado
mergulhado nos porões do passado
em que eu perambulava apaixonado
transitando em dimensões coroadas de sonhos
alegres, fúteis, tristonhos,
acreditava em seus beijos risonhos,
nas divagações de meus desejos,
na expectativa vã e sorridente de vivê-los
sonhos pueris de quem busca
em algo, alguém ou um momento
a realização plena de um pensamento
de eterna união em simples juramento
mas a vida sábia e vivida
logo ensina fria e destemida
a perceber a bobagem cometida

APRENDENDO CAMINHAR



Vai criança ! Caminha pelos cantos
Aprende a andar, sorrir, amar, brincar,
nutrir, viver e espalhar seus encantos
Sem levar tanto a sério seu andarilhar

Adormece no colo macio que te acolhe
Entrega-te a teus sonhos indeléveis
Abraça, acaricia, boceja, se encolhe
no corpo repleto de emoções inescrutáveis

Cresce e te transforma trepidante
Em efebo belo e coruscante
A conquistar-se pleno pela vida
Galgando espaços protegida

Pela próprio conhecimento de si mesma

RECEIO



teu sorriso tem gosto de amoras
em pele branca decorada de espinhas
penugens que se denunciam
esbelto, esguio e cativante
não deixo de olhar-te um instante
por onde caminhas e demoras

por segurança finges não me ver
pecado em labaredas que consome
arrastando aos infernos
um amor sem nome

distante demais para ser platônico
quente demais para uma paixão
entre olhares de sedução
sorri para mim inseguro e atônito

em segundos gerados no ventre da eternidade
pela pouca distância que nos separa
misto ardente de tesão e curiosidade
dizimando paradigmas com que se depara

em algum canto te espero
dias e horas não confirmadas
pelos olhares esguios
com que me olhas
enquanto passo na calçada.

O MUNDO É ASSIM


meus ouvidos tateiam o bronze frio
que ribombeia estonteante pelo ar parado da cidade
nem o ouvem
acostumados ao seu soar constante
o que não mais nos surpreende se incorpora
o sino que toca
a palavra que agride
a arma que mata
a impunidade que se instala
fazemos o que todos fazem
nada se destaca
amplia ou diminui
gotas d´água na onda que se eleva
gotas dá água na onda que se mistura ao mar
meus pensamentos vagam
minhas palavras pouco dizem
não lhe ouço
imerso em minhas próprias reflexões
o sino toca.

EXISTO, TALVEZ PENSE...


"Os animais pensam de maneira semelhante às crianças que não aprenderam a usar a linguagem. Eles têm pensamentos muito interessantes, mas só conseguem expressá-los por meio de grunhidos, latidos e trinados.”

MARC HAUSER, Professor do Departamento de Psicologia da Universidade de Harvard, autor de Wild Minds


pensamentos em algazarra
perambulam soltos e inconseqüentes
na turbulência imprecisa das emoções causticantes
que permeiam minha mente
penso nos pensamentos que podem estar sendo pensados
pelo gatinho que ronrona carinhoso amontoando-se no meu colo
as palavras mudas que ecoam das plantas
singelas e serenas
atentas ao meu movimento e minhas emoções
desfilo no palco inconsciente de minha vida
crendo-me senhor de tudo e de todos
sob o olhar carinhoso e compreensivo
do sol que me espreita.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

SENSAÇÕES VISUAIS


a delicadeza e os tons rosa da flor de cerejeira
o amarelo brilhante do girassol
o lírio laranja enfeitando o jardim
vermelho e sanguíneo o cravo espreita
a quaresmeira em flor irradia o violeta
alva a rosa, pálida e pura
magenta a lavanda perfumada
verde orquídea como resplandecente esmeralda
vivemos em um mundo multicolorido
mas são estas as cores dessas flores ?
como as vêem o cão, o gato, a borboleta ?
teríamos um mundo ainda mais belo se fossemos
uma pomba, uma abelha ou um camarão ?
ou adentraríamos a escuridão
de uma minhoca ou salamandra ?
vemos o mundo a partir de nossas próprias sensações
e é bem provável que ele seja bem maior que isso...

domingo, 22 de maio de 2011

A EXPLOSÃO


"Tudo é o mesmo, as coisas sempre são" (Pirahãs)

A densa e úmida floresta parecia silenciosa, cortada apenas pelo som de alguns tuins e a batida persistente de algum pica-pau. Há meses homens trabalhavam imersos no verde que emoldurava todo o ambiente, alguns se espremiam nas cabanas dominados pela febre. A malária aos poucos derrubava os trabalhadores da mina. A distância da cidade os mantinha isolados e se algo não fosse feito com urgência os garimpeiros estariam todos mortos. Fernão, acompanhado por mais quatro homens, decidiram buscar ajuda dos hiaitsiihi, apesar das animosidades geradas pela exploração das esmeraldas. Batfi iria acompanhá-los, pois era o único que conseguia se comunicar com a tribo. Batfi estava com eles há vários meses, ajudando-os, havia se identificado muito com Fernão e não se desgrudava dele. Fernão o criara desde pequenino. Havia o encontrado abraçado à mãe, morta por algum explorador. Agora já entrava na adolescência. Era da tribo kanamarí.
Após dias exaustivos, mediante a resistência em receber os garimpeiros, Batfi conseguiu contato. Explicou o que estava acontecendo, precisava de ajuda, em troca dariam a eles algumas armas. Não tardou para que um homem muito velho chegasse até a cabana onde se acotovelavam os homens doentes. Serviu-lhes um chá e orientou Batfi que continuasse cuidando deles dessa forma. Retirou-se leve como a onça desaparecendo na mata.
Aos poucos os homens se recuperaram e voltaram ao trabalho. A exploração das esmeraldas exigia um trabalho árduo de todos, problemas como a escuridão das minas, calor, umidade, falta de espaço, exposição a gases tóxicos, poeira e o próprio trabalho físico minavam as forças na mesma intensidade que a própria malária.
As semanas seguiam na rotina das atividades nas minas. As pupilas de Fernão cintilavam de satisfação vendo as belas pedras extraídas. Em sua rede traçava os planos de seu futuro. De natureza luxuriosa e violenta arrancava o couro dos trabalhadores, nem sempre metaforicamente, sendo temido por onde passava. Com ele não havia explicações, tudo deveria acontecer e se desenvolver conforme ele ordenava, não admitindo qualquer falha. Seus objetivos políticos fervilhavam em sua mente, articulando cada movimento e mantendo em suas mãos homens importantes. Através de seus homens conseguia adentrar nos bastidores ocultos da vida dos senhores, e com essas informações negociava pela escada que ampliaria seu domínio e influência.
Um de seus informantes era Foly, magro, cabelos armados e olhar matreiro, lábios grossos, macho quando precisava, não temendo enfiar a faca, que trazia na cintura, no bucho de algum desavisado. Era fêmea a maior parte do tempo, nos conceitos dos rudes garimpeiros. Durante a noite visitava as cabanas, satisfazendo a si e aos homens, ao mesmo tempo em que sabia de cada segredo e cada pensamento dos subordinados de Fernão. Em troca tinha sempre uma bela esmeralda para sua coleção.
Fernão também tinha a proteção de dois homens atentos: Boaventura e Tiro Certo, homens de bons reflexos, ágeis, cruéis e que mantinham a ordem no lugar. Qualquer tentativa de reação a uma ordem de Fernão, tentativa de fuga, rebelião ou se apropriar de algo a mais do que deveria.
Em uma das noites, Foly visitando Trajano descobriu que este acumulava belas pedras em uma saquinho de couro junto aos genitais. Ao meio dia, momento em que todos pararam para um almoço frugal, Trajano foi agarrado pelos homens de Fernão. Diante de todos foi despido e as esmeraldas apresentadas. Um longo discurso de Fernão, sorriso irônico e Trajano foi capado. Aproximando-se do riacho repleto de piranhas lançou para alimentação das mesmas o que extraíra de seu esperto trabalhador. Tiro Certo terminou o serviço com um tiro na testa.
A madrugada seguia alta quando todos foram agitados por um estrondo. Alguns venceram o medo e entraram na floresta em fuga, outros encolheram-se em suas cabanas apavorados, outros morreram dentro da mina. Os sonhos de Fernão estavam comprometidos, uma explosão comprometera os trabalhos.
Despreocupado com os mortos, na manhã seguinte, Fernão seguiu para a cidade em busca de materiais e equipamentos, em companhia de Batfi e seus dois cães de guarda. A exploração não seria cancelada. Deixou em seu lugar Amadeu, um homem de sua confiança, da mesma índole e que iria garantir que os trabalhos na fossem interrompidos. Os garimpeiros, porém, tinham outros planos. Naquela noite, Cícero recebeu a visita de Foly. Todos sabiam que Cícero era um líder no local. Cícero mostrou-se amoroso e receptivo, carinhoso arrancou a roupa de Foly, passando suas mãos ásperas pelo corpo liso do rapaz. E quando o possuía, entraram na cabana mais três homens. Era o plano. Foly foi espancado violentamente, até que Cícero o degolou.
Instantaneamente, todos se dirigiram a cabana de Amadeu. Os guarda-costas não puderam protegê-lo. Amadeu foi amarrado, os corpos de Foly, dos guarda-costas e mais treze garimpeiros foram jogados dentro da cabana e incendiada. De posse de esmeraldas enterradas ao lado das cabanas e outros locais em que vinham fazendo sua provisão, os homens com tochas fugiram para a mata.
Fernão e seus homens chegaram doze dias depois. A paisagem era avassaladora. O homem vociferou alto e agressivo, amaldiçoando os garimpeiros e jurando que mataria um a um onde estivessem. Dirigiu-se a mina, bloqueada e escura. Dentro dela estavam adormecidas reluzentes esmeraldas. Elas o chamavam. Precisaria de homens para trabalharem. Ordenou que Boaventura fosse em busca e que não retornasse ali sem eles.
Três semanas e Fernão levantou-se da cadeira de balanço interessado no vozerio que se aproximava. Levando à rigor as ordens do patrão, Boaventura retornava com dezesseis homens, sete deles haviam fugido na noite do massacre. Mal se aproximaram e lançaram-se aos pés de Fernão pedindo clemência. O poderoso senhor mostrou-se piedoso, pedindo que se levantassem, se alimentassem, descansassem e retornassem ao trabalho.
A exploração recomeçava. A explosão expusera esmeraldas ainda mais belas. Os homens sorriam e festejavam. Fernão olhava sorrindo com os olhos, satisfeito e coçando as mãos esperando a fortuna que se aproximava.
Batfi trouxe a ele, logo ao crepúsculo, uma pedra do tamanho de um côco, esverdeada e tendo dentro dela como que água. Era belíssima. Naquela noite, Fernão dormiu abraçado com ela, em contemplação.
Fernão, ao amanhecer, chamou a todos. Disse terem sido abençoados e que cada um seria beneficiado com a fartura. Desembrulhando de um lenço, a pedra brilhou aos raios do sol. Todos ficaram boquiabertos. Falou sobre a deusa Umina, senhora das esmeraldas, e pediu que todos a reverenciassem, pois ela traria abundância àquele acampamento. Todos se ajoelharam silenciosos, exceto Juvenaldo, Rui e Jovenildo, que se mantiveram em pé. Fernão os questionou sobre o motivo pelo qual não aceitavam as bênçãos da riqueza. Responderam que apenas Jesus merecia que se ajoelhassem.
Fernão não questionou. Pediu que todos se dedicassem, pois a partir daquele dia se tornariam ricos. Os garimpeiros se revitalizaram, entregando-se ao trabalho com entusiasmo nunca visto antes.
Batfi foi chamado na cabana de Fernão. Conversaram por horas.
No outro dia, pela manhã, todos foram novamente reunidos para adorar Umina, a bela pedra esverdeada. Fernão saldou a todos enfatizando o quanto haviam produzido no dia anterior. Todos comemoravam o que haviam encontrado, sem se darem conta de que a produção havia sido a mesma que de dias anteriores, a diferença é que agora valorizavam cada pedra, e Fernão recolhia apenas após juntarem e não na medida em que eram encontradas, mostrando a eles que as esmeraldas escorriam de suas mãos. Fernão passou a pedra para que cada um a beijasse, aproximando-os de sua deusa.
Estavam ausentes Juvenildo, Rui e Jovenildo. Fernão perguntou onde estavam, fazendo-se de preocupado. Peludo trouxe a notícia. Rui estava morto e os outros dois muito mal.
Fernão revelou que haviam insultado a deusa e ela, certamente, os castigava. Ao meio dia os três corpos foram enterrados. Todos ficaram chocados com as mortes repentinas e mais respeitosos com a deusa. O veneno que Batfi colocara na comida deles fizera seu efeito.
Os homens entregavam a Fernão uma quantidade cada vez maior de esmeraldas. Não havia mais violência, a deusa regia as ações dos homens.


Inspirado pela deusa, conforme declarou, Fernão inaugurou uma escola de alfabetização para os garimpeiros, batizando-a com o nome de um ancestral de família bem relacionada e que garantiria sua escalada social e influência nos setores políticos que desejava.
Naquele ano, Fernão tornou-se deputado, atingindo sua primeira meta.

CONTOS EMANADOS DE SITUAÇÕES COTIDIANAS

“Os contos e poemas contidos neste blog são obras de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações terá sido mera coincidência”

SABORES DO COMENDADOR

Ator Nacional: Carlos Vereza

Ator Internacional: Michael Carlisle Hall/ Jensen Ackles/ Eric Balfour

Atriz Nacional: Rosamaria Murtinho / Laura Cardoso/Zezé Mota

Atriz Internacional: Anjelica Huston

Cantor Nacional: Martinho da Vila/ Zeca Pagodinho

Cantora Nacional: Leci Brandão/ Maria Bethania/ Beth Carvalho/ Alcione/Dona Ivone Lara/Clementina de Jesus

Música: Samba de Roda

Livro: O Egípcio - Mika Waltaire

Autor: Carlos Castañeda

Filme: Besouro/Cafundó/ A Montanha dos Gorilas

Cor: Vinho e Ocre

Animal: Todos, mas especialmente gatos, jabotis e corujas.

Planta: aloé

Comida preferida: sashimi

Bebida: suco de graviola/cerveja

Mania: (várias) não passo embaixo de escada

O que aprecio nas pessoas: pontualidade, responsabilidade e organização

O que não gosto nas pessoas: pessoas indiscretas e que não cumprem seus compromissos.

Alimento que não gosta: coco, canjica, arroz doce, melão, melancia, jaca, caqui.

UM POUCO DO COMENDADOR.


Formado em Matemática e Pedagogica. Especialista em Supervisão Escolar. Especialista em Psicologia Multifocal. Mestre em Educação. Doutor Honoris Causa pela ABD e Instituto VAEBRASIL.

Comenda Rio de Janeiro pela Febacla. Comenda Rubem Braga pela Academia Marataizense de Letras (ES). Comenda Castro Alves (BA). Comendador pela ESCBRAS. Comenda Nelson Mandela pelo CONINTER e OFHM.

Cadeira 023, da Área de Letras, Membro Titular do Colegiado Acadêmico do Clube dos Escritores de Piracicaba, patronesse Juliana Dedini Ometto. Membro efetivo da Academia Virtual Brasileira de Letras. Membro da Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias. Membro da Literarte - Associação Internacional de Escritores e Acadêmicos. Membro da União Brasileira de Escritores. Membro da Academia de Letras e Artes de Fortaleza (ALAF). Membro da Academia de Letras de Goiás Velho (ALG). Membro da Academia de Letras de Teófilo Ottoni (Minas Gerais). Membro da Academia de Letras de Cabo Frio (ARTPOP). Membro da Academia de Letras do Brasil - Seccional Suíça. Membro da Academia dos Cavaleiros de Cristóvão Colombo. Embaixador pela Académie Française des Arts Lettres et Culture. Membro da Academia de Letras e Artes Buziana. Cadeira de Grande Honra n. 15 - Patrono Pedro I pela Febacla. Membro da Academia de Ciências, Letras e Artes de Iguaba Grande (RJ). Cadeira n.º 2- ALB Araraquara.

Moção de Aplausos pela Câmara Municipal de Taquaritinga pelos serviços em prol da Educação. Moção de Aplausos pela Câmara Municipal de Bebedouro por serviços prestados à Educação Profissional no município. Homenagem pela APEOESP, pelos serviços prestados à Educação. Título de Cidadão Bebedourense. Personalidade 2010 (Top of Mind - O Jornal- Bebedouro). Personalidade Mais Influente e Educador 2011(Top of Mind - O Jornal- Bebedouro). Personalidade 2012 (ARTPOP). Medalha Lítero-Cultural Euclides da Cunha (ALB-Suíça). Embaixador da Paz pelo Instituto VAEBRASIL.

Atuou como Colunista do Diário de Taquaritinga e Jornal "Quatro Páginas" - Bebedouro/SP.
É Colunista do Portal Educação (http://www.portaleducacao.com.br

Premiações Literárias: 1º Classificado na IV Seletiva de Poesias, Contos e Crônicas de Barra Bonita – SP, agosto/2005, Clube Amigo das Letras – poema “A benção”, Menção Honrosa no XVI Concurso Nacional de Poesia “Acadêmico Mário Marinho” – Academia de Letras de Paranapuã, novembro/2005 – poema “Perfeita”, 2º colocado no Prêmio FEUC (Fundação Educacional Unificada Campograndense) de Literatura – dezembro/2005 – conto “A benção”, Menção Especial no Projeto Versos no Varal – Rio de Janeiro – abril/2006 – poema “Invernal”, 1º lugar no V Concurso de Poesias de Igaraçu do Tietê – maio/2006 – poema “Perfeita”, 3º Menção Honrosa no VIII Concurso Nacional de Poesias do Clube de Escritores de Piracicaba – setembro/2006 – poema “Perfeita”, 4º lugar no Concurso Literário de Bebedouro – dezembro/2006 –poema “Tropeiros”, Menção Honrosa no I concurso de Poesias sobre Cooperativismo – Bebedouro – outubro/2007, 1º lugar no VI Concurso de Poesias de Guaratinguetá – julho/2010 – poema “Promessa”, Prêmio Especial no XII Concurso Nacional de Poesias do Clube de Escritores de Piracicaba, outubro/2010, poema “Veludo”, Menção Honrosa no 2º Concurso Literário Internacional Planície Costeira – dezembro/2010, poema “Flor de Cera”, 1º lugar no IV Concurso de Poesias da Costa da Mata Atlântica – dezembro/2010 – poema “Flor de Cera”. Outorga do Colar de Mérito Literário Haldumont Nobre Ferraz, pelo trabalho Cultural e Literário. Prêmio Literário Cláudio de Souza - Literarte 2012 - Melhor Contista.Prêmio Luso-Brasileiro de Poesia 2012 (Literarte/Editora Mágico de Oz), Melhor Contista 2013 (Prêmio Luso Brasileiro de Contos - Literarte\Editora Mágico de Oz)

Antologias: Agreste Utopia – 2004; Vozes Escritas –Clube Amigos das Letras – 2005; Além das Letras – Clube Amigos das Letras – 2006; A Terra é Azul ! -Antologia Literária Internacional – Roberto de Castro Del`Secchi – 2008; Poetas de Todo Brasil – Volume I – Clube dos Escritores de Piracicaba – 2008; XIII Coletânea Komedi – 2009; Antologia Literária Cidade – Volume II – Abílio Pacheco&Deurilene Sousa -2009; XXI Antologia de Poetas e Escritores do Brasil – Reis de Souza- 2009; Guia de Autores Contemporâneos – Galeria Brasil – Celeiro de Escritores – 2009; Guia de Autores Contemporâneos – Galeria Brasil – Celeiro de Escritores – 2010; Prêmio Valdeck Almeida de Jesus – V Edição 2009, Giz Editorial; Antologia Poesia Contemporânea - 14 Poetas - Celeiro de Escritores, 2010; Contos de Outono - Edição 2011, Autores Contemporâneos, Câmara Brasileira de Jovens Escritores; Entrelinhas Literárias, Scortecci Editora, 2011; Antologia Literária Internacional - Del Secchi - Volume XXI; Cinco Passos Para Tornar-se um Escritor, Org. Izabelle Valladares, ARTPOP, 2011; Nordeste em Verso e Prosa, Org. Edson Marques Brandão, Palmeira dos Indios/Alagoas, 2011; Projeto Delicatta VI - Contos e Crônicas, Editora Delicatta, 2011; Portas para o Além - Coletânea de Contos de Terror -Literarte - 2012; Palavras, Versos, Textos e Contextos: elos de uma corrente que nos une! - Literarte - 2012; Galeria Brasil 2012 - Guia de Autores Contemporâneos, Celeiro de Escritores, Ed. Sucesso; Antologia de Contos e Crônicas - Fronteiras : realidade ou ficção ?, Celeiro de Escritores/Editora Sucesso, 2012; Nossa História, Nossos Autores, Scortecci Editora, 2012. Contos de Hoje, Literacidade, 2012. Antologia Brasileira Diamantes III, Berthier, 2012; Antologia Cidade 10, Literacidade, 2013. I Antologia da ALAB. Raízes: Laços entre Brasil e Angola. Antologia Asas da Liberdade. II Antologia da ACLAV, 2013, Literarte. Amor em Prosa e Versos, Celeiro de Escritores, 2013. Antologia Vingança, Literarte, 2013. Antologia Prêmio Luso Brasileiro - Melhores Contistas 2013. O tempo não apaga, Antologia de Poesia e Prosa - Escritores Contemporâneos - Celeiro de Escritores. Palavras Desavisadas de Tudo - Antologia Scortecci de Poesias, Contos e Crônicas 2013. O Conto Brasileiro Hoje - Volume XXIII, RG Editores. Antologia II - Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro. antologia Escritores Brasileiros, ZMF Editora. O Conto Brasileiro Hoje - Volume XXVI - RG Editores (2014). III Antologia Poética Fazendo Arte em Búzios, Editora Somar (2014). International Antology Crossing of Languages - We are Brazilians/ antologia Internacional Cruce de Idiomas - Nosotros Somos Brasileños - Or. Jô Mendonça Alcoforado - Intercâmbio Cultural (2014). 5ª Antologia Poética da ALAF (2014). Coletânea Letras Atuais, Editora Alternativa (2014). Antologia IV da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, Editora Iluminatta (2014). A Poesia Contemporânea no Brasil, da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, Editora Iluminatta (2014). Enciclopédia de Artistas Contemporâneos Lusófonos - 8 séculos de Língua Portuguesa, Literarte (2014). Mr. Hyde - Homem Monstro - Org. Ademir Pascale , All Print Editora (2014)

Livros (Solos): “Análise Combinatória e Probabilidade”, Geraldo José Sant’Anna/Cláudio Delfini, Editora Érica, 1996, São Paulo, e “Encantamento”, Editora Costelas Felinas, 2010; "Anhelos de la Juvenitud", Geraldo José Sant´Anna/José Roberto Almeida, Editora Costelas Felinas, 2011; O Vôo da Cotovia, Celeiro de Escritores, 2011, Pai´é - Contos de Muito Antigamente, pela Celeiro de Escritores/Editora Sucesso, 2012, A Caminho do Umbigo, pela Ed. Costelas Felinas, 2013. Metodologia de Ensino e Monitoramento da Aprendizagem em Cursos Técnicos sob a Ótica Multifocal (Editora Scortecci). Tarrafa Pedagógica (Org.), Editora Celeiro de Escritores (2013). Jardim das Almas (romance). Floriza e a Bonequinha Dourada (Infantil) pela Literarte. Planejamento, Gestão e Legislação Escolar pela Editora Erica/Saraiva (2014).

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Metodologia e Avaliação da Aprendizagem

Pai´é - Contos de Muito Antigamente

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Contos de Geraldo J. Sant´Anna e fotos de Geraldo Gabriel Bossini

ENCANTAMENTO

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meus poemas

Análise Combinatória e Probabilidades

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juntamente com o amigo Cláudio Delfini

Anhelos de la Juvenitud

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Edições Costelas Felinas

A Caminho do Umbigo

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Edições Costelas felinas

Voo da Cotovia

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Celeiro de Escritores

Divine Acadèmie Française

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Prêmio Luso Brasileiro de Poesia 2012/2013

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Literarte/Mágico de Oz (Portugal)

Lançamento da Antologia Vozes Escritas

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Noite de autógrafos em Barra Bonita-SP

Antologia Literária Cidade - Volume II

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Poemas : Ciclone e Ébano

Antologia Eldorado

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Antologia II

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Antologia Cidade 10

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Org. Abílio Pacheco

Antologia da ALAB

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Antologia Poesia Contemporânea - 14 Poetas

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Lançamento do CELEIRO DE ESCRITORES

Contos de Hoje - Narrativas

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Literacidade

O Conto Brasileiro Hoje

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RG Editores

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