sábado, 22 de dezembro de 2012

O REVEILLON NA CASA GRANDE


http://imagens-de-fundo.blogspot.com/2011/07/imagem-de-fundo-banco-virado-para-o-rio.html

Na casa grande, no alto da Rua General Freitas, acobertada por um descomunal sobreiro de raízes salientes e tronco de diâmetro impressionante, as mulheres se agitavam sob o olhar absorto de Jeremias, o cão. Ele desatento, ignorava a agitação que imperava na residência. Moravam cinco mulheres que, embora o tempo tivesse passado célere e deixado marcas visíveis, estavam entusiasmadas com a proximidade das comemorações do novo ano. Tal momento era sempre aguardado e tratado com primor. Momento este em que filhos e sobrinhos retornavam. Riam, comiam, bebiam, narravam estórias improváveis e retornavam ocasionalmente durante o ano.

Naturalmente, embora morassem juntas cada uma possuía um temperamento muito particular. Haviam nascido e crescido naquela casa enorme, alta, de cômodos amplos e um quintal que mais parecia uma chácara, emoldurado com um conjunto de árvores frutíferas e arbustos floridos. Ali Jeremias repousava. Jeremias era um perdigueiro, cuja descendência acompanhava a família. Mas enquanto ele cochilava as mulheres refletiam sobre o necessário para a ceia. Leitoa, salpicão, arroz com amêndoas, salada tailandesa. Frango cisca para trás então não convinha estar relacionado. Mau agouro. Nada de energia negativa para entrar o ano. O inevitável conflito. Duas das irmãs queriam pato. Outra carneiro. Cardápio difícil e que exigia ser bem pensado. O ano deveria ser bom.

E se o mundo acabasse? Melhor seria depois da ceia. De barriga cheia e satisfeitos. Difícil seria alçar aos céus com tamanho peso. Provavelmente herdariam uma propriedade no purgatório. Para todos os efeitos era algo previsto, muitas pessoas se preparavam para isso, com mantimentos para o caso de sobrevivência e com orações caso sobrasse apenas a alma. Dentre as irmãs, Georgina não acreditava em nada disso. Injuriava-se pelo fato de algumas pessoas se entregarem a crenças ameaçadoras fosse com inferno, fim de mundo ou um ser ameaçador e caprichoso. Isaura benzia-se aflita. A irmã queimaria nos mármores infernais. Lúcia ria. Ria desde menina. Pouco entendia das coisas da vida e muito menos das coisas da morte. Silene ocupava-se com a lista de compras, compenetrada. Laura não pendia nem para um lado nem para o outro. Na dúvida, era melhor esperar para ver.

O primeiro carro chegou abarrotado de gente. Isadora,  filha de Isaura, com marido, dois filhos, a nora e um rebento de poucos meses que não fazia a menor ideia do significava toda aquela agitação. Georgina, Silene e Lúcia optaram por ficarem solteiras. Laura, após um casamento incerto e a morte do marido, reuniu-se com as velhas irmãs.  Izildo, o marido, era fascinado por essa estória de final dos tempos. De alguma maneira ansiava por ele. Parecia estar nó íntimo o desejo sôfrego pelo fim. Quem sabe começasse de novo e melhor. Novo Adão, nova Eva, agora com mais experiência para repovoar o mundo. Georgina sorria pelo canto da boca. Há quanto tempo o homem perambulava pelo mundo. Civilizações começaram e diluíram. As sociedades se sucedem, tecendo uma indecifrável colcha de retalhos. Um copiar e colar onde crenças e modelos são esculpidos para atenderem novas concepções de mundo.

- Então acaba!, gritava Izildo buscando perturbar Georgina.

A velha senhora sorria complacente como que orientando uma criança. As coisas são mais antigas do que pressupomos, regurgitava ela. Mas o mundo não vai acabar. O fato é que um dia faraós foram filhos de deuses, um dia as pessoas se curvavam para Ishtar e Ixchel, um dia se acreditou que o poder da legião romana era imperecível, tudo passa, dizia parecendo mergulhar no tempo.

Mas a questão primordial era que o mundo acabaria para alguns leitões, talvez patos e carneiros que se estenderiam inertes e saborosos sobre a extensa mesa do réveillon. Lúcia queria ponche, gostava da bebida. Silene anotou champagne e vinho, refrigerantes e ingredientes para fazer meia de seda. Nunca faltava meia de seda. Tanto nela quanto na ceia.

Isaura passeava com o bebê pela casa, afinando a voz e caprichando na utilização de palavras erradas e incompletas, procurando fazer-se entender pela criança que a olhava atenta. Quem seria essa louca?, talvez questionasse. Jeremias continuava em seu cochilo, nem dignando mover-se para receber os recém-chegados. Eram da família, não havia com que se preocupar. Antes o descanso na terra úmida à sombra dos arbustos. Por outro lado, as mulheres pareciam necessitarem gritar com suas vozes agudas para se comunicarem, o que o tiraria da deliciosa letargia que buscava preservar.

Aportaram ao grande portão descascado pelo tempo, duas sobrinhas e um outro sobrinho a tiracolo com sua noiva, grávida e inchada, imensa com os pés similares a um pão feito em casa. Laura exasperou-se. A criança nasceria a meia-noite no casarão. Um ungido. Um avatar. Georgina ironizou que poderia ser o substituto de Cristo, botando fim à era cristã. Isaura benzeu-se inúmeras vezes pelo sacrilégio. Docinhos, sorrisos, muitas gargalhadas. A família se reunia para encerrar mais um ciclo. Mal se viam durante o ano. Na verdade nem compareceram quando Judite, a matriarca, mãe das cinco irmãs falecera. Os sobrinhos eram filhos de Leomar, que havia viajado para o Belém do Pará com sua mais nova amante, Conceição. Para ele o ciclo realmente estava recomeçando. A esposa havia falecido há alguns meses, mas a amante era bem mais antiga, embora negassem interrogativos e surpresos.

Como todo encontro familiar fofocas se entremeavam com lembranças, expectativas e pausa para alguma cena da televisão permanentemente ligada. Laura, entre suspiros, revelou que gostaria de passar o réveillon no mar, jogar flores e champagne no mar. Isaura benzeu-se aterrorizada. Macumba. Feitiço. Coisa de gente atrasada! A irmã perguntou se fazer uma sopa de lentilhas para dar sorte, acender a vela para o anjo de guarda, mastigar as sementes de romã – já reservada – não partia do mesmo princípio. Izildo interferiu brincando. Vamos tomar um banho de erva de cheiro e se preparar para o novo ano! 

Preparativos na cozinha. O caminhão trazendo as compras estacionou na porta da casa. Caixas e caixas de mantimentos. Cada ingrediente, cada item, era acariciado entre sorrisos, como relíquias, pelas irmãs. Tudo era feito com muito carinho. Pratos perfumados que agitavam a vizinhança. 

Palmas no portão. Enfim, Jeremias desperta e late, dirigindo-se à entrada da casa. Um mendigo. Pedinte. Mal cheiroso. A senhora tem alguma coisa? Estou com muita fome!, solicita com as mãos, a voz e o olhar cansado.

- Não tem nada, não, meu senhor!, dispara Silene.

O homem se afasta em alguns passos e Lúcia o persegue com um prato bem preparado nas mãos. O senhor pode levar o prato e o talher, complementa. Deus abençoe a senhora! Ele senta-se para comer à sombra do sobreiro. Jeremias acha por bem deitar-se próximo ao portão, em guarda, para o caso da casa ser invadida ou atacada pelo transeunte.

Lúcia é assim, adverte Silene. Dá até as roupas do corpo. Volta-se, então, para as compras desembalando tudo e distribuindo os alimentos pela geladeira, freezer e armário. Morde algumas uvas suculentas e decide colocar uma música. “Não tem tradução”, de Aracy de Almeida. Os sobrinhos abanam a cabeça zombeteiros. Mas as irmãs dançam num reencontro. Cantam juntas. Alegres. Georgina fala aos sobrinhos que um dia as músicas que ouvem hoje também chocarão seus filhos e netos. Mas quem viveu aqueles momentos sabem o significado delas.

Contudo, terminada a apresentação de Aracy, os mais jovens assumiram o controle e “Louquinha” ressoou pelo casarão com Mc k9. Foram, então, buscar cerveja para iniciar as celebrações do novo ano. A festa de Jano.

Jeremias recebeu um belo fêmur comprado no açougue especialmente para ele. Gargalhadas e a tristeza natural de quem tem a barriga cheia. Lúcia mantinha em seu guarda-roupas uma caixa de remédios para socorrer casos de indigestão e outros males decorrentes dos excessos das datas festivas. Apenas não eram permitidos fogos de artifício e rojões para que Jeremias não fosse perturbado. 

De qualquer maneira, reunidos, mesmo que o assunto não fosse externado, cada um renovava seus compromissos consigo mesmo. Cada um a sua maneira. Em determinado momento, Laura recolheu-se ao seu quarto. Reclusa chorou. Sempre desejara ter sua própria família, com marido, filhos e netos. Com a morte rápida e trágica de Noel teve como única opção voltar para o alto da General Freitas e desistir de seus sonhos. Entretanto, um novo ano recomeçava e com ele, em sua alma sofrida, reluzia fosca uma indelével esperança.

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CONTOS EMANADOS DE SITUAÇÕES COTIDIANAS

“Os contos e poemas contidos neste blog são obras de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações terá sido mera coincidência”

SABORES DO COMENDADOR

Ator Nacional: Carlos Vereza

Ator Internacional: Michael Carlisle Hall/ Jensen Ackles/ Eric Balfour

Atriz Nacional: Rosamaria Murtinho / Laura Cardoso/Zezé Mota

Atriz Internacional: Anjelica Huston

Cantor Nacional: Martinho da Vila/ Zeca Pagodinho

Cantora Nacional: Leci Brandão/ Maria Bethania/ Beth Carvalho/ Alcione/Dona Ivone Lara/Clementina de Jesus

Música: Samba de Roda

Livro: O Egípcio - Mika Waltaire

Autor: Carlos Castañeda

Filme: Besouro/Cafundó/ A Montanha dos Gorilas

Cor: Vinho e Ocre

Animal: Todos, mas especialmente gatos, jabotis e corujas.

Planta: aloé

Comida preferida: sashimi

Bebida: suco de graviola/cerveja

Mania: (várias) não passo embaixo de escada

O que aprecio nas pessoas: pontualidade, responsabilidade e organização

O que não gosto nas pessoas: pessoas indiscretas e que não cumprem seus compromissos.

Alimento que não gosta: coco, canjica, arroz doce, melão, melancia, jaca, caqui.

UM POUCO DO COMENDADOR.


Formado em Matemática e Pedagogica. Especialista em Supervisão Escolar. Especialista em Psicologia Multifocal. Mestre em Educação. Doutor Honoris Causa pela ABD e Instituto VAEBRASIL.

Comenda Rio de Janeiro pela Febacla. Comenda Rubem Braga pela Academia Marataizense de Letras (ES). Comenda Castro Alves (BA). Comendador pela ESCBRAS. Comenda Nelson Mandela pelo CONINTER e OFHM.

Cadeira 023, da Área de Letras, Membro Titular do Colegiado Acadêmico do Clube dos Escritores de Piracicaba, patronesse Juliana Dedini Ometto. Membro efetivo da Academia Virtual Brasileira de Letras. Membro da Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias. Membro da Literarte - Associação Internacional de Escritores e Acadêmicos. Membro da União Brasileira de Escritores. Membro da Academia de Letras e Artes de Fortaleza (ALAF). Membro da Academia de Letras de Goiás Velho (ALG). Membro da Academia de Letras de Teófilo Ottoni (Minas Gerais). Membro da Academia de Letras de Cabo Frio (ARTPOP). Membro da Academia de Letras do Brasil - Seccional Suíça. Membro da Academia dos Cavaleiros de Cristóvão Colombo. Embaixador pela Académie Française des Arts Lettres et Culture. Membro da Academia de Letras e Artes Buziana. Cadeira de Grande Honra n. 15 - Patrono Pedro I pela Febacla. Membro da Academia de Ciências, Letras e Artes de Iguaba Grande (RJ). Cadeira n.º 2- ALB Araraquara.

Moção de Aplausos pela Câmara Municipal de Taquaritinga pelos serviços em prol da Educação. Moção de Aplausos pela Câmara Municipal de Bebedouro por serviços prestados à Educação Profissional no município. Homenagem pela APEOESP, pelos serviços prestados à Educação. Título de Cidadão Bebedourense. Personalidade 2010 (Top of Mind - O Jornal- Bebedouro). Personalidade Mais Influente e Educador 2011(Top of Mind - O Jornal- Bebedouro). Personalidade 2012 (ARTPOP). Medalha Lítero-Cultural Euclides da Cunha (ALB-Suíça). Embaixador da Paz pelo Instituto VAEBRASIL.

Atuou como Colunista do Diário de Taquaritinga e Jornal "Quatro Páginas" - Bebedouro/SP.
É Colunista do Portal Educação (http://www.portaleducacao.com.br

Premiações Literárias: 1º Classificado na IV Seletiva de Poesias, Contos e Crônicas de Barra Bonita – SP, agosto/2005, Clube Amigo das Letras – poema “A benção”, Menção Honrosa no XVI Concurso Nacional de Poesia “Acadêmico Mário Marinho” – Academia de Letras de Paranapuã, novembro/2005 – poema “Perfeita”, 2º colocado no Prêmio FEUC (Fundação Educacional Unificada Campograndense) de Literatura – dezembro/2005 – conto “A benção”, Menção Especial no Projeto Versos no Varal – Rio de Janeiro – abril/2006 – poema “Invernal”, 1º lugar no V Concurso de Poesias de Igaraçu do Tietê – maio/2006 – poema “Perfeita”, 3º Menção Honrosa no VIII Concurso Nacional de Poesias do Clube de Escritores de Piracicaba – setembro/2006 – poema “Perfeita”, 4º lugar no Concurso Literário de Bebedouro – dezembro/2006 –poema “Tropeiros”, Menção Honrosa no I concurso de Poesias sobre Cooperativismo – Bebedouro – outubro/2007, 1º lugar no VI Concurso de Poesias de Guaratinguetá – julho/2010 – poema “Promessa”, Prêmio Especial no XII Concurso Nacional de Poesias do Clube de Escritores de Piracicaba, outubro/2010, poema “Veludo”, Menção Honrosa no 2º Concurso Literário Internacional Planície Costeira – dezembro/2010, poema “Flor de Cera”, 1º lugar no IV Concurso de Poesias da Costa da Mata Atlântica – dezembro/2010 – poema “Flor de Cera”. Outorga do Colar de Mérito Literário Haldumont Nobre Ferraz, pelo trabalho Cultural e Literário. Prêmio Literário Cláudio de Souza - Literarte 2012 - Melhor Contista.Prêmio Luso-Brasileiro de Poesia 2012 (Literarte/Editora Mágico de Oz), Melhor Contista 2013 (Prêmio Luso Brasileiro de Contos - Literarte\Editora Mágico de Oz)

Antologias: Agreste Utopia – 2004; Vozes Escritas –Clube Amigos das Letras – 2005; Além das Letras – Clube Amigos das Letras – 2006; A Terra é Azul ! -Antologia Literária Internacional – Roberto de Castro Del`Secchi – 2008; Poetas de Todo Brasil – Volume I – Clube dos Escritores de Piracicaba – 2008; XIII Coletânea Komedi – 2009; Antologia Literária Cidade – Volume II – Abílio Pacheco&Deurilene Sousa -2009; XXI Antologia de Poetas e Escritores do Brasil – Reis de Souza- 2009; Guia de Autores Contemporâneos – Galeria Brasil – Celeiro de Escritores – 2009; Guia de Autores Contemporâneos – Galeria Brasil – Celeiro de Escritores – 2010; Prêmio Valdeck Almeida de Jesus – V Edição 2009, Giz Editorial; Antologia Poesia Contemporânea - 14 Poetas - Celeiro de Escritores, 2010; Contos de Outono - Edição 2011, Autores Contemporâneos, Câmara Brasileira de Jovens Escritores; Entrelinhas Literárias, Scortecci Editora, 2011; Antologia Literária Internacional - Del Secchi - Volume XXI; Cinco Passos Para Tornar-se um Escritor, Org. Izabelle Valladares, ARTPOP, 2011; Nordeste em Verso e Prosa, Org. Edson Marques Brandão, Palmeira dos Indios/Alagoas, 2011; Projeto Delicatta VI - Contos e Crônicas, Editora Delicatta, 2011; Portas para o Além - Coletânea de Contos de Terror -Literarte - 2012; Palavras, Versos, Textos e Contextos: elos de uma corrente que nos une! - Literarte - 2012; Galeria Brasil 2012 - Guia de Autores Contemporâneos, Celeiro de Escritores, Ed. Sucesso; Antologia de Contos e Crônicas - Fronteiras : realidade ou ficção ?, Celeiro de Escritores/Editora Sucesso, 2012; Nossa História, Nossos Autores, Scortecci Editora, 2012. Contos de Hoje, Literacidade, 2012. Antologia Brasileira Diamantes III, Berthier, 2012; Antologia Cidade 10, Literacidade, 2013. I Antologia da ALAB. Raízes: Laços entre Brasil e Angola. Antologia Asas da Liberdade. II Antologia da ACLAV, 2013, Literarte. Amor em Prosa e Versos, Celeiro de Escritores, 2013. Antologia Vingança, Literarte, 2013. Antologia Prêmio Luso Brasileiro - Melhores Contistas 2013. O tempo não apaga, Antologia de Poesia e Prosa - Escritores Contemporâneos - Celeiro de Escritores. Palavras Desavisadas de Tudo - Antologia Scortecci de Poesias, Contos e Crônicas 2013. O Conto Brasileiro Hoje - Volume XXIII, RG Editores. Antologia II - Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro. antologia Escritores Brasileiros, ZMF Editora. O Conto Brasileiro Hoje - Volume XXVI - RG Editores (2014). III Antologia Poética Fazendo Arte em Búzios, Editora Somar (2014). International Antology Crossing of Languages - We are Brazilians/ antologia Internacional Cruce de Idiomas - Nosotros Somos Brasileños - Or. Jô Mendonça Alcoforado - Intercâmbio Cultural (2014). 5ª Antologia Poética da ALAF (2014). Coletânea Letras Atuais, Editora Alternativa (2014). Antologia IV da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, Editora Iluminatta (2014). A Poesia Contemporânea no Brasil, da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, Editora Iluminatta (2014). Enciclopédia de Artistas Contemporâneos Lusófonos - 8 séculos de Língua Portuguesa, Literarte (2014). Mr. Hyde - Homem Monstro - Org. Ademir Pascale , All Print Editora (2014)

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